Novamente por 32 votos, a bancada governista aprovou com folga, na tarde desta quarta-feira (15), a proposta de reajuste dos policiais e bombeiros militares da gestão Paulo Câmara (PSB).
Contrários à forma como o projeto de lei tramitou na Casa, os deputados de oposição voltaram a se retirar do plenário.
A redação final será apresentada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta quinta-feira (16) e a lei deve ser sancionada pelo socialista na sexta-feira (17).
LEIA TAMBÉM » Reajuste da PM é aprovado por 32 votos em primeira votação.
Oposição abandona plenário » “Não vai ter Galo”, gritam PMs fora da Assembleia, mesmo com reajuste aprovado A matéria foi encaminhada pelo Executivo em regime de urgência na semana passada e começou a ser analisada pelas comissões da Casa na última segunda-feira (13), quando foi aprovada em clima de rolo compressor por três comissões: Constituição e Justiça, Finanças e Administração Pública.
A bancada de oposição afirma que essa votação em um só dia não respeitou o regimento interno da Alepe, argumentando que o artigo 231 do documento prevê um prazo de cinco reuniões ordinárias para apreciação e apresentação de emendas a projetos em regime de urgência, como é o caso.
Os deputados prometeram adotar medidas judiciais contra a tramitação do projeto. » Guilherme Uchoa enquadra Sílvio Costa Filho e PMs na votação do reajuste » Oposição promete medidas judiciais contra aprovação do reajuste da PM A proposta de reajuste também tem enfrentado críticas da categoria, que manteve a “operação padrão” iniciada em dezembro, quando os policiais militares deixaram de cumprir o Programa de Jornadas Extras de Segurança (PJES), afetando as escalas.
Enquanto a gestão estadual defende que os aumentos chegam a 40% para os oficiais, as associações continuam reclamando que não atingem os salários da Polícia Civil. » Paulo Câmara reclama de “politização” de movimento de PMs e diz que greve seria “irresponsabilidade” » Governo anuncia reajuste da PM em três parcelas até 2018 » Comandante da PM diz que reajuste “não foi ideal, mas o melhor possível” A proposta foi elaborada ao longo do mês de janeiro, já diante da mobilização dos policiais militares, com expectativa de aprová-la até o carnaval.
Nessa terça-feira (14), após a aprovação do texto em primeiro turno, PMs insatisfeitos com o reajuste protestaram em frente à Alepe e gritaram: “Não vai ter Galo!”.
Em entrevista, o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Alberisson Carlos, alegou que não tem estimulado uma greve, mas que não há efetivo para fazer a segurança do bloco “com a categoria desmotivada”.