A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (15), a Operação Cosa Nostra para desarticular uma organização criminosa instalada em diversas prefeituras de cidades do Agreste do Estado.

Segundo a PF, oito pessoas são suspeitas, entre elas políticos, representantes de empresas e servidores públicos vão ser indiciados.

Estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Caruaru (prefeitura não faz parte do esquema), Agrestina, Garanhuns (prefeitura não faz parte do esquema) e São João (prefeitura não faz parte do esquema), com o objetivo de arrecadar e apreender materiais.

Nesses locais moram os integrantes dos cartéis e das empresas De acordo com a PF, a organização criminosa contava com a participação de agentes públicos municipais para fraudar processos licitatórios direcionando seus resultados.

A partir da denúncia de um vereador, foram identificadas diversas irregularidades envolvendo contratação suspeita de empresas.

A um determinado cartel composto por ‘sócios-laranjas’ estava vencendo licitações para execução de obras públicas com verbas federais, principalmente na área de saúde e educação.

O valor dos recursos públicos destinados às empresas investigadas gira em torno de R$ 100 milhões.

O cartel atuava em Agrestina, Panelas, Jurema, Água Preta, Lagoa dos Gatos, Bom Conselho, Jupi, Iati, Riacho das Almas e Angelim.

Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de frustração de caráter competitivo de licitação, fraude na contratação, corrupção ativa e passiva e crime de responsabilidade, cujas penas ultrapassam 30 anos de reclusão.

As investigações começaram em junho do ano passado e contam com apoio do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas do Estado.