A ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes solicitou ao presidente do órgão, Raimundo Carreiro, a investigação de uma tentativa de invasão à sua conta do Gmail.

O requerimento foi protocolado nessa terça-feira (14) e está em um documento apresentado pelo filho dela, o advogado Antônio Campos, à Polícia Civil de Pernambuco nesta quarta-feira (15) sobre um inquérito em que acusa aliados de socialistas locais.

Acreditando que o caso envolvendo o e-mail da ministra está relacionado à apuração policial, solicitou que o inquérito seja transferido para a Polícia Federal.

LEIA TAMBÉM » Antônio Campos diz ser vítima de ‘arapongagem’ por parte de aliados dos socialistas locais e cita ex-presidente da Ceasa » PSB atribui acusações de Antônio Campos a “inconformismo” com derrota em Olinda Ana Arraes deduz que teve a senha copiada no dia 16 de janeiro, quando esteve no escritório de Antônio Campos, no Recife, para imprimir um bilhete de passagem aérea.

A ministra diz no documento que uma funcionária que estava ao seu lado ficou olhando para o teclado enquanto ela digitava a senha. “Pouco tempo depois foi surpreendida com uma mensagem de segurança do Gmail, informando uma tentativa de acesso à sua conta de e-mail, oriunda de local diverso daqueles comumente utilizados e solicitando a mudança de senha”, diz o requerimento.

Antônio Campos afirma que o IP do computador usado pela funcionária foi identificado na mensagem do Gmail e que ela “já havia sido afastada do escritório por ter sido reiteradamente flagrada em condutas estranhas e inexplicáveis”. » Antônio Campos abandona PSB com críticas a Paulo Câmara » Antônio Campos sugere que Ana Arraes voltará à política para reunificar PSB Para o advogado, a funcionária estaria ligada a “arapongagens” denunciadas por ele à Polícia Civil.

Antônio Campos acusa nos documentos protocolados na delegacia um ex-integrante dos governos do PSB, Romero Pontual, ex-presidente da estatal Ceasa no primeiro governo de Eduardo Campos, irmão de Antônio Campos.

O advogado anunciou no último domingo (12) que deixou o partido, alegando fatos ocorridos na eleição em Olinda, onde foi derrotado no segundo turno, em outubro, e que ainda continuariam a ocorrer, citando discriminação e perseguição sistemática.