Não adiantou a pressão, na porta da Alepe, de militares da ativa e aposentados contra o projeto de reajuste.

O governo Paulo Câmara mostrou força na Assembleia Legislativa e aprovou, em reunião conjunta de três comissões da casa, o reajuste da forma que mandou para os deputados analisarem.

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Antes da aprovação nas comissões, a oposição abandonou o Plenário, reclamando que não houve debate.

Isaltino Nascimento disse que a expectativa é que o projeto de lei, publicado no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira, possa ser votado já no período da tarde.

Quem define a pauta de votação é o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa. » Romário Dias promove reunião para tentar fechar acordo entre praças e oficiais » Governo Paulo Câmara abre 43 primeiros processos disciplinares contra quebra de hierarquia na PM do Estado » Paulo Câmara reclama de “politização” de movimento de PMs e diz que greve seria “irresponsabilidade” O presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Albérison Carlos, disse que a entidade era contra porque o projeto era injusto. “Os coronéis vão receber R$ 10 mil de aumento.

Os soldados que trocam bala com os bandidos nas ruas vão receber R$ 800 de aumento”, observou.

A entidade também questionou a quantia que o governo do Estado informou que vai gastar com o reajuste.

Segundo a ACS, o impacto seria de apenas R$ 167 milhões e não R$ 300 milhões, agora em 2017. “Estão rasgando o regimento interno da alepe”, apelou ainda Albérison Carlos.