Por mais dois anos, a vereadora da bancada evangélica Michele Collins (PP) será a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara do Recife.

A parlamentar foi reconduzida ao cargo na manhã desta quinta-feira (9), apesar de críticas de movimentos sociais nos últimos dias.

Davi Muniz (PEN) será o vice-presidente e o outro integrante efetivo do colegiado é Ivan Moraes (PSOL).

Os três nomes foram definidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Marques (PSB), nessa quinta-feira (8).

Mas as atribuições de cada um foi determinada em votação entre eles nesta manhã, em reunião já presidida por Michele Collins por ter sido a mais votada na eleição em outubro para a Casa.

Os dois suplentes são Ricardo Cruz (PPS) e Antônio Luiz Neto (PTB).

Foto: Divulgação A primeira reunião da comissão instalada nesta quinta-feira (9) será no dia 20 deste mês e, a partir daí, os encontros serão a cada duas semanas, nas segundas-feiras, às 13h30.

Para a primeira, Michele Collins quer levar uma pauta definida de ações do colegiado.

LEIA TAMBÉM » Michele Collins diz que é uma mulher à frente do seu tempo e já pensa em 2018 Alvo de críticas por ser evangélica e considerada conservadora, a vereadora afirmou que quer conduzir os trabalhos com democracia. “Independente do que eu tenho como valores e crenças, nada disso atrapalha ou tira minha capacidade de gerir ou administrar esse colegiado.

Vou procurar trabalhar com imparcialidade, dando espaço para os vereadores se expressarem independentemente de ter opiniões contrárias, que sabemos que temos, pensando sempre na população do Recife”, afirmou ao Blog de Jamildo após ser reeleita. » Vereadora mais votada no Recife, Michele Collins propõe emendas que tirarão recursos para os LGBTs em 2017 » No Recife, Michele Collins diz que suas emendas atenderão ao público LGBT » Michele Collins sobre crianças serem adotadas por casais LGBTs: “Sou contra, elas precisam de referência” Além de dar andamento aos pareceres para os projetos em tramitação na Casa, Michele Collins quer dar atenção a pessoas com deficiência ou doenças raras, usuários de drogas e pessoas em situação de rua. “A questão das drogas é muito pesado e está diretamente ligada à violência.

A população é de 1,5 milhão de pessoas e 2% são usuários de crack.

Vamos manter o trabalho visitando instituições e centros de acolhimento”, afirmou a vereadora. “Vamos ver de que maneira o poder público pode dar apoio.” A vereadora quer dar atenção a um problema de saúde que atinge principalmente mulheres negras: a anemia falciforme. “Além da discriminação, da violência, ainda tem que passar por essa questão”, diz. » Funcionária trans da Câmara do Recife tem o direito ao nome social reconhecido » Câmara do Recife ainda tem projeto para proibir diversidade sexual em livros Michele Collins foi criticada por não trazer na pauta questões como o racismo e a homofobia, além de ter provocado polêmica em momentos como o que defendeu que casais LGBT não adotassem crianças e quando teve um vídeo viralizado em que afirma, na tribuna da Câmara, que a mulher deve ser submissa ao homem. “Esses movimentos são legítimos, importantes, acrescentam muito para a cidade.

Vão ter vez e voz na comissão na medida em que a pauta for sendo colocada, que as demandas surgirem”, prometeu.