“Fazemos todo um esforço para tirar a juventude das drogas e da promiscuidade, e isso pode se perder se essas pessoas participarem do Carnaval”, iniciou o deputado evangélico Adalto Santos (PSB), nessa quarta-feira (8), na Assembleia Legislativa (Alepe), seu discurso que criticava a criação de um Polo Gospel no Carnaval de Olinda.
O parlamentar fez um apelo ao prefeito da cidade, Professor Lupércio (SD), que também é evangélico, que cancelasse as atrações voltadas para o público gospel.
Adalto disse que se for necessário, iria conversar com o prefeito de Olinda para falar que a iniciativa é um “prejuízo espiritual”. “Se for necessário, vamos reunir um grupo de parlamentares e conversar com o prefeito sobre o “prejuízo espiritual” que a iniciativa trará para a nossa juventude.
Como o gestor também é evangélico, é alguém que sabe o custo que é perder uma alma”, declarou.
LEIA TAMBÉM » Após arrastões e violência, Lupércio fiscaliza prévias em Olinda » Lupércio quer espantar ratos de Olinda, antes do Carnaval Os deputados Pastor Cleiton Collins (PP), Jadeval de Lima (PDT) e Bispo Ossesio Silva (PRB), integrantes da “bancada evangélica” da Alepe, também se posicionaram contra a criação do polo.
O pastor Cleiton Collins não aliviou nas críticas para o prefeito de Olinda. “Foi muito triste o prefeito dizer que vai fazer ‘o melhor carnaval’.
Ao invés disso, ele deveria dizer que vai construir as melhores escolas e hospitais de Olinda”, opinou. » Paulo Pecado fará parte da comissão de Carnaval do evangélico Lupércio “Evangélico não brinca no Carnaval.
O que devemos fazer é evangelizar e cuidados dos feridos nesta festa, que provoca muitos problemas com álcool e drogas”, concluiu Collins.
Já os deputados Antônio Moraes (PSDB) e Teresa Leitão (PT) apoiaram o projeto.
Segundo eles, é preciso dar um voto de confiança e apoiar a inovação do Professor Lupércio. “A criação dos polos descentralizados já vem de anos anteriores, e as atrações evangélicas vão ficar na Avenida Presidente Kennedy, onde hoje não tem Carnaval.
Acredito que devemos dar um voto de confiança ao gestor”, avaliou Teresa.