Após o pagamento de ‘supersalários’ que chegaram a R$ 5,8 milhões, ao todo para 53 funcionários, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) vai investigar a folha do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, em dezembro, o último mês de gestão do ex-prefeito Vado da Farmácia (PTB).
A auditoria foi aberta pela conselheira Teresa Duere, relatora das contas do Cabo, a pedido do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO).
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Salários vão até R$ 230 mil Os primeiros depoimentos apontaram, como já havia antecipado o Blog de Jamildo, que 53 pessoas em cargos de confiança receberam valores que chegaram a R$ 253 mil, pagamento feito ao ex-secretário executivo de Finanças Manoel Luiz Bezerra Neto. » Após salário de R$ 80 mil, Câmara do Cabo aprova teto de R$ 25 mil » Salário de secretário do Cabo já chegou a R$ 80 mil, quatro vezes o do prefeito “Os fatos colocados são em tese muito graves.
A prefeitura alegava em dezembro dificuldades financeiras até para pagar o décimo-terceiro dos professores. É estranho que se revele agora uma despesa deste tipo”, afirmou Cristiano Pimentel, procurador do MPCO. » Com bloqueio do Fundef, Cabo pode não pagar 13º dos professores » TCE-PE determina que Vado use verba do Fundef para 13º dos professores do Cabo » Após atraso e polêmica, Cabo paga salário de dezembro de funcionários e 13º de professores A atual gestão, de Lula Cabral (PSB), deverá fornecer os documentos ao TCE-PE e à Promotoria de Patrimônio Público do Cabo, que tem inquérito sobre os ‘supersalários’.
Não há previsão para concluir a investigação.
O próprio Lula Cabral já havia feito a denúncia sobre os pagamentos, considerados por ele ilegais.