Com a maior bancada do Senado, o PMDB definiu o nome de Edison Lobão (MA) como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa nesta quarta-feira (8).

O senador Romero Jucá confirmou a informação na sua conta oficial no Twitter e anunciou que Raimundo Lira (PB) retirou seu nome da disputa.

Lobão foi citado em delações premiadas na Operação Lava Jato.

Com a escolha do presidente da comissão, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE) quer um calendário rápido de análise do nome do agora ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga de Teori Zavascki.

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Com amplo apoio de lideranças de partidos da base de Temer, muitos dos quais investigados na Lava Jato, Moraes deverá ter uma aprovação fácil no Senado, apesar das críticas de oposicionistas de que ele, entre outras queixas, é filiado ao PSDB.

Pela CCJ, ainda vai passar em setembro a análise do novo procurador-geral da República, quando encerra-se o mandato do atual, Rodrigo Janot.

O chefe do Ministério Público Federal é o responsável por conduzir as investigações da Lava Jato contra parlamentares e ministros no Supremo.

O nome de Lobão era defendido pelo ex-presidente do Senado e atual líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).

A avaliação era de que, nos bastidores, ele poderia levar adiante na comissão pautas que podem fustigar o Judiciário e o Ministério Público, como o projeto de abuso de autoridade.