A bancada petista na Câmara votou em peso para dar urgência ao projeto que relaxa as regras para partidos políticos nessa terça-feira (7) e a proposta pode ir a votação em plenário já nesta quarta-feira (8).

Apesar da posição na Casa, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira que a legenda “não se coloque favoravelmente”. “O PT deveria se colocar frontalmente contra essa proposição.

Não cometemos nenhuma falta dolosa que justifique a suspensão do partido”, afirmou Humberto Costa.

LEIA TAMBÉM » Câmara aprova urgência em projeto que diminui regras para partidos políticos O senador ainda afirmou que a Justiça tem “uma seletividade para atingir o PT”, mas que se mantém contra o projeto de lei. “O rigor com que as contas do PT são tratadas mostra que há uma clara orientação dentro do TSE para provocar prejuízos”, acusou.

Humberto Costa citou como exemplo a decisão de suspender o fundo partidário por três meses devido ao uso do repasse para quitar um empréstimo do fundo partidário. “Por conta da decisão da Justiça que contradiz a própria Justiça”, alegou o parlamentar. » Partidos, Congresso e presidência têm menor confiança da população, diz pesquisa » “Partidos não são mais capazes de capitalizar massas”, diz professor Ao contrário da posição do líder no Senado, o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu o projeto.

Para ele, a lei vai acabar com a judicialização das eleições. “Estamos ratificando a Constituição, que dá autonomia aos partidos.

Quando não tem uma lei clara, o TSE cria uma regra.

E precisamos evitar essa judicialização”, afirmou.

A urgência na tramitação do projeto de lei foi aprovada por 314 votos a 17, com quatro abstenções.

Houve 49 votos petistas, sendo 42 favoráveis à urgência na proposta.

Apenas cinco foram contrários e houve duas abstenções.