No mesmo dia em que o governador Paulo Câmara reclamou da politização das discussões sobre o aumento da PM, o deputado Silvio Costa Filho (PRB) reuniu-se na tarde desta terça-feira (7), em Brasília, com o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Ele disse que foi tratar da questão do crescimento da violência no Estado de Pernambuco e, nas suas palavras, do impasse entre o Governo do Estado e as associações de policiais e bombeiros militares. ‘No contexto que vivemos atualmente, a intransigência na relação entre o Governo e as associações militares não interessa a ninguém.

Principalmente à população, que paga o imposto mais caro de todos, o imposto do medo.

Espero que a Base no Governo garanta a ampla discussão do Projeto de Lei 1166/2017, enviado ontem à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para que possamos construir uma saída para a atual crise na segurança”, defendeu.

O deputado da oposição disse ao ministro que estava preocupado com o crescimento da insegurança no Estado. “Em três anos registrou-se um crescimento de 44% na taxa de homicídios”.

Silvio Costa defendeu a construção de um presídio federal em Pernambuco, além de sugerir que a regionalização da atuação do Ministério seja uma prática permanente da pasta.

O ministro Raul Jungmann garantiu a Silvio estar à disposição da Assembleia Legislativa e do Governo do Estado para contribuir no combate à violência.

Após o encontro, Sílvio Costa Filho anunciou que vai encaminhar ofícios aos quatro ministros pernambucanos, pedindo atenção especial do Governo Federal para o quadro de insegurança em Pernambuco. “A questão da segurança não pode ser tratada como uma disputa entre Governo e Oposição, mas como um tema que una toda a sociedade pernambucana.

E os ministros pernambucanos têm um papel importante na construção de uma saída para o atual quadro e no combate à criminalidade”, disse.

O parlamentar disse que defende um amplo debate sobre a segurança com toda a sociedade e adoção de medidas emergenciais para reduzir os casos de homicídios, crimes contra o patrimônio, ataques a bancos e assaltos a ônibus. “Por isso, protocolamos em outubro um pedido de audiência com o governador Paulo Câmara".