O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) afirmou que a reforma da Previdência será aprovada até o final do semestre deste ano.
Em entrevista à Rádio Senado, o ex-ministro da Previdência durante a gestão Dilma Rousseff (PT) admitiu que o governo pode negociar alguns pontos previstos na proposta, já que muitos deles são duramente criticadas.
Garibaldi disse que a reforma é inadiável e que ela precisa ser aprovada sob pena dos gastos, após o aumento de 0,3% do PIB em 1997 para 2,7% do PIB em 2017 nos gastos.
Ele também falou sobre o déficit previsto para 2017. “O déficit do INSS em 2016 foi de R$ 149,2 bilhões. É estimado R$ 181,2 bilhões para o ano de 2017”, disse.
Segundo ele, o governo tem a base necessária para que o projeto seja aprovado. “Nós temos o governo e a própria base que tem condição de aprovar a medida neste semestre”, afirmou.
LEIA TAMBÉM »“Se tem excessos, vamos corrigir”, afirma Maia sobre Reforma da Previdência »Reeleito, Rodrigo Maia vai priorizar reformas da Previdência e trabalhista »Mensagem de Temer reforça apelo por reformas defendidas por Maia Segundo o peemedebista, existe a consciência de que a reforma é dura e que pesa para os brasileiros, mas na medida em que ela for adiada tornará as regras mais inflexíveis. “Se for adiada ela poderá se tornar uma reforma muito mais drástica, que irá afetar com regras mais rígidas”, explica.
O senador também esclareceu que alguns pontos da reforma podem ser negociados caso não desfigurem o projeto, e lembrou que algumas medidas já foram alteradas. “A questão da desvinculação do piso da previdência do salário mínimo, o governo já concordou em desistir de desvincular o reajuste do salário mínimo do piso previdenciário que tem forte impacto nas contas do INSS”, contou.
Ele também lembrou outra mudança que já ocorreu.
De acordo com o senador, o governo decidiu não mexer no benefício que assegura os idosos e deficientes de baixa renda. “Outro ponto são os idosos e deficientes de baixa renda que têm direito ao benefício de prestação continuada, mesmo nunca terem contribuído.
O governo quer desvincular o benefício.
Ele seria reajustado pela inflação, e a idade deve subir de 65 para 70 anos.
Mas o governo precisa dessa rigidez”, defendeu.
Ouça a entrevista: Andamento na Câmara Após se reeleger na última quinta-feira (2), como presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai dar prioridade às reformas da Previdência e trabalhistas propostas por Michel Temer (PMDB).
Segundo Maia, ele quer aprovar as duas reformas ainda no primeiro semestre. “Espero que o prazo seja o mais rápido possível onde estejam garantidos o debate e a transparência”, afirmou.
O deputado anunciou que o deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ) será o presidente da comissão da reforma da Previdência e que Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) será o relator.