Classificando a própria corporação como “primos pobres” da segurança pública no Estado, o presidente do Clube dos Oficiais de Pernambuco, coronel Josué Limeira, reclamou nesta segunda-feira (6) da proposta de reajuste apresentada pelo governo Paulo Câmara (PSB) para os policiais e os bombeiros militares, na última sexta-feira (3).

Limeira defende a equiparação com os salários da Polícia Civil, considerada por ele a “prima rica”, e admitiu que poderá entrar em operação padrão, como fizeram soldados e cabos.

LEIA TAMBÉM » Insatisfeita com reajuste, associação de PMs quer ampliar operação padrão nos presídios » Governo anuncia reajuste da PM em três parcelas até 2018 A proposta de paridade entre as duas polícias será apresentada em reunião entre os oficiais nesta segunda-feira, às 16h. “O texto é muito truncado, confuso e gerou muita dúvida entre ativos e inativos”, afirmou o coronel sobre a proposta da gestão estadual. “Veio cheio de novidades ruins, vamos fazer uma devida avaliação.

O que está sendo oferecido é mais uma discriminação em relação ao outro órgão (a Polícia Civil).

Em nenhum momento pedimos um percentual, e sim a paridade”, avaliou.

O oficial alega que, mesmo tendo funções específicas distintas, as duas polícias têm a mesma atribuição geral e deveriam ter os mesmos salários: cuidar da segurança pública. “PM e Corpo de Bombeiros têm os mesmos salários e as nossas funções são iguais?

Desde quando?

Os bombeiros vão trocar tiros com bandidos com jato d’água?

Vão apagar fogo com .40?”, questionou o coronel Limeira. “Ficou verdadeiro abismo. É óbvio que isso não vai funcionar.” » Veja a proposta do governo: