A mensagem presidencial do governo Michel Temer (PMDB), lida nesta quinta-feira (2), na sessão solene de abertura das atividades do Congresso Nacional após o recesso, reforçou o apelo que o governo vem fazendo pela aprovação das reformas previdenciária e trabalhista.

As medidas foram defendidas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após ser reeleito esta tarde.

LEIA TAMBÉM » Reeleito, Rodrigo Maia vai priorizar reformas da Previdência e trabalhista » Rodrigo Maia é reeleito presidente da Câmara, com 293 votos O texto, que foi lido pelo 2º secretário do Congresso Nacional, senador Gladson Cameli (PP-AC), afirma que o País vive uma crise de “múltiplas dimensões” - econômica, política e social.

No lado econômico, afirma a mensagem, a saída é combater os problemas herdados pelo governo da administração anterior, de Dilma Rousseff (PT), que teriam deixado um pesado saldo negativo no lado fiscal da economia.

Temer foi vice-presidente de Dilma nos dois mandatos. “O caminho para o futuro é a reforma. É hora de encararmos, sem rodeio, as reformas que o Brasil precisa, para que tenhamos um estado eficiente, que corresponda às legítimas expectativas dos cidadãos”, diz a mensagem. » Temer vê 2017 com boas notícias na economia e diz que País vive ‘reerguimento’ » Ministro sugere que Temer será lembrado por garantir investimentos hídricos ao Nordeste O texto do presidente Michel Temer afirma que as contas da Previdência Social “simplesmente não fecham”, o que exige um ajuste no setor previdenciário brasileiro.

Sobre a questão trabalhista, a mensagem diz que o objetivo não é cortar direitos dos trabalhadores, e sim “ajustar as regras à economia contemporânea”. “Cada momento histórico traz suas batalhas.

Agora estamos lutando contra o descontrole fiscal, contra a recessão, contra o desemprego”, diz a mensagem presidencial, que foi entregue pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O texto afirma ainda que o Poder Legislativo será protagonista da obra de reconstrução do Brasil.

Eunício também defende reformas Em seu pronunciamento, o novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), eleito nessa quarta-feira (1º), declarou que o País precisa ser retirado de um “redemoinho de improdutividade” e, para isso, as reformas propostas pelo governo precisam ser enfrentadas, como as da Previdência e trabalhista.

Ele citou também a reforma dos códigos comercial e penal. “Estamos igualmente comprometidos a fazer avançar no Congresso as medidas para fortalecer o combate à corrupção, que mina a confiança nas instituições”, afirmou. » Eunício Oliveira vence eleição para a presidência do Senado » “Se tem excessos, vamos corrigir”, afirma Maia sobre Reforma da Previdência Eunício Oliveira destacou que o Brasil enfrenta dificuldades, mas as perspectivas são melhores para os próximos anos. “Vivíamos com investidores especulando sobre o calote da dívida brasileira e inflação em alta.

Hoje, esses mesmos analistas opinam que o cenário mudou”, afirmou.

Para ele, em uma sociedade plural como a brasileira, os conflitos são inevitáveis e por isso é preciso reforçar a confiança nas instituições de modo a se consolidar um clima de mútua confiança. “É inaceitável que milhões de pessoas voltem à miséria depois de ter condições mais dignas para viver”, disse, ressaltando a necessidade de a formação profissional melhorar para o brasileiro ser um protagonista do processo produtivo nacional.