Apesar da decisão do deputado Júlio Delgado (MG) de lançar candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (30), o primeiro vice-líder do PSB, Tadeu Alencar (PE), afirmou nesta segunda-feira (30) que o partido mantém o apoio dado à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao cargo. “A decisão de Júlio de se lançar candidato não foi discutida com o PSB.

Respeitamos a decisão dele, mas a posição partidária é a que foi explicitada”, afirmou o pernambucano ao Blog de Jamildo.

LEIA TAMBÉM » Júlio Delegado lança candidatura à Câmara e diz que vai ao STF contra Maia » PSB anuncia apoio a Rodrigo Maia na disputa pela Câmara O parlamentar estava no exercício da liderança durante o processo de discussão sobre o apoio dos socialistas a Maia, enquanto o líder, Paulo Foletto (ES), estava de licença médica.

Foletto voltou nesta segunda-feira (30), para conduzir o processo de escolha da nova liderança, disputado por Tadeu Alencar e Tereza Cristina (MS). “A posição do partido foi refletida, discutida e demos publicidade do apoio a Rodrigo Maia, apresentando um documento com o qual ele se comprometeu”, frisou o pernambucano.

Ao apoiar o atual presidente da Câmara, o PSB exigiu como contrapartidas ao voto dos socialistas a discussão de reformas como a da Previdência e a realização de mudanças no regimento interno da Casa, por exemplo. » Deputado do PSL entra com mandado de segurança no STF contra Maia » Bancada do PSD fecha apoio a Maia para presidência da Câmara Segundo Tadeu Alencar, Júlio Delgado já havia pedido que o partido não fechasse um posicionamento. “Ele achava que poderia aguardar para o que o quadro ganhasse nitidez, mas a maioria tomou a decisão que, se ele (Rodrigo Maia), admitisse o documento, o partido apoiaria a recondução”, explicou o socialista.

Para Delgado, a candidatura de Maia é inconstitucional.

O deputado disse que vai entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a reeleição de Maia.

O mineiro defende que o fato de o democrata ter assinado, em 22 de dezembro, um ato definindo o rito da eleição para a Mesa Diretora da Câmara o impede de ser candidato na próxima quinta-feira (2).