Necessário para que a Transposição do Rio São Francisco atenda aos municípios do Agreste pernambucano, região que sofre com a seca há mais de cinco anos, o projeto do Ramal do Agreste deve ser inaugurado só em 2020.

Após mais de três anos de atrasos e transferências de responsabilidades sobre a obra, a ordem de serviço para a elaboração do projeto foi assinada nesta segunda-feira (30), pelo presidente Michel Temer (PMDB), em Floresta, no Sertão.

Foram liberados R$ 29 milhões para viabilizar a implementação dos projetos executivos complementares do Ramal do Agreste, que deverão ser elaborados em três meses.

A previsão é que as obras comecem no segundo semestre deste ano e o prazo é de 36 meses.

LEIA TAMBÉM » Em Floresta, Temer aciona terceira estação de bombeamento do eixo leste da transposição » Parado, trecho do eixo norte da transposição sai este ano, promete Temer O projeto tem tem características semelhantes à da Transposição do Rio São Francisco.

A água será captada do eixo leste no reservatório Barro Branco, em Sertânia, no Sertão.

De lá, seguirá para o açude de Ipojuca, em Arcoverde, também no Sertão.

Uma obra executada pelo Governo do Estado com recursos federais, a Adutora do Agreste, será responsável por levar a água até Gravatá.

A obra já foi de responsabilidade do ministério, passou para o Governo de Pernambuco quando Fernando Bezerra Coelho (PSB) era ministro da Integração Nacional e depois voltou para as mãos da União, sem nunca sair do papel. » Prefeito petista que vai receber Temer defende parcerias com presidente » Ministério prorroga prazo de entrega de propostas para Transposição do São Francisco O edital de licitação saiu finalmente em abril de 2014, em passagem da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por Serra Talhada, no Sertão.

Porém, foi suspensa pelo próprio Ministério da Integração Nacional, após apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Em 2015, o processo licitatório foi iniciado novamente, mas voltou a ser suspenso.

Um novo está em andamento desde o segundo semestre do ano passado, com relatórios publicados este mês, por Regime Diferenciado de Contratação, o RDC, uma modalidade mais ágil. » Temer quer ser lembrado como “o maior presidente nordestino” do Brasil » Governo Temer já usa transposição para tentar melhorar popularidade no Nordeste Enquanto o Ramal do Agreste não sai, o governo Paulo Câmara (PSB) está tomando algumas medidas para evitar o desabastecimento na região.

Uma delas foi a autorização para a Transposição do Rio Serinhaém para o Sistema Brejão, responsável pelo abastecimento do município de Bezerros, no último dia 13.

O custo será de R$ 2,1 milhões, com recursos próprios. “A crise econômica que assola o País impediu que a solução estruturadora definitiva, que são a Transposição do Rio São Francisco, junto à Adutora do Agreste, fizessem com que a água já estivesse nas torneiras da população, mas essa intervenção amenizará o problema”, disse o socialista na cerimônia para assinar a ordem de serviço.