O empresário Eike Batista foi preso, na manhã desta segunda-feira (30), por agentes da Polícia Federal logo após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim.

O avião que trouxe o empresário Eike Batista de volta ao Brasil pousou no Galeão às 9h54 (horário de Brasília).

Eike teve a prisão decretada na última quinta-feira, na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato que apura esquema usado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior.

Desse valor, repassado em ações da Vale, da Petrobras e da Ambev, apenas 10% já foi recuperado pelo Ministério Público Federal.

Eike e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país.

Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.

Eike deu uma declaração no aeroporto John F.

Kennedy, em Nova York, ao Fantástico, da TV Globo, pouco antes de embarcar para o Rio de Janeiro"Vou responder à Justiça como é meu dever.

Está na hora de eu mostrar o que é e ajudar a passar as coisas a limpo", disse.

Questionado, Eike afirmou que “nunca passou por sua cabeça” seguir para a Alemanha, país do qual também tem cidadania e do qual, portanto, não poderia ser extraditado para o Brasil.

Ainda não está definido o tipo de unidade prisional para qual será encaminhado, pois em livro publicado em 2011, o ex-bilionário diz que interrompeu a faculdade de Engenharia na Alemanha “ainda na metade” do curso.

Entretanto, o prospecto da Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da petroleira que fundou, a OGX, traz a informação que ele era “bacharel em Engenharia Metalúrgica pela Universidade de Aachen, Alemanha”.

Se ele não comprovar que possui ensino superior, terá que aguardar julgamento em uma cela comum.

Detentos com diploma são encaminhados para unidades restritas aos que têm ensino superior.