Ao analisar recentes declarações do sociólogo José Luiz Ratton (hoje ligado ao PSOL) sobre a derrocada do programa estadual Pacto Pela Vida, o senador Armando Monteiro (PTB) apontou que o principal problema do programa é a ausência do governador na gestão da segurança pública. “A avaliação de Ratton ratifica com o sentimento da população pernambucana, que, nos últimos anos, vem sentindo cada vez mais a insegurança bater à porta e teme sair às ruas, devido ao recrudescimento dos índices de homicídios em todas as regiões do Estado”. “Um dos principais idealizadores do Pacto pela Vida, José Luiz Ratton, confirma o que todo pernambucano já vem sentindo há muito tempo.

O desmonte do programa Pacto Pela Vida não é causado pela crise econômica, como afirma o Governo de Pernambuco: o principal problema é a ausência do governador na gestão da segurança pública", afirmou Armando Monteiro, fazendo referência a declarações concedidas por Luiz Ratton ao jornal Valor Econômico da quarta-feira (25).

Ao Valor, o sociólogo afirmou que o problema do Pacto Pela Vida “é anterior à crise econômica” que abateu Pernambuco, conforme alega o Governo do Estado, ao justificar a derrocada do programa de segurança pública.

Ratton foi um dos idealizadores do Pacto e foi assessor especial de segurança durante os anos de 2007 a 2012.

Parte da imprensa o tinha como Deus, antes do Pacto pela Vida dar certo.

Agora, é outra banda da imprensa que o venera, como dono da verdade absoluta. “Ao se analisar o balanço da criminalidade em Pernambuco nos últimos três anos, fica claro o completo retrocesso do programa de segurança pública, com aumento de 44% no número de homicídios e a volta aos patamares do ano de 2007, quando o programa foi implantado.

No Nordeste, estados como Alagoas, Ceará, Sergipe e Rio Grande do Norte tiveram melhor desempenho em 2015.

A derrocada do Pacto pela Vida chama a atenção do Brasil.

O que seria esperança em termos de modelo se transforma numa desilusão”, lamentou Armando Monteiro.

O senador critica o fato de o investimento em segurança este ano, considerando a inflação, ser proporcionalmente menor do que o ano passado. “Em Pernambuco, o ajuste fiscal tem sido feito com corte em áreas essenciais, e com sacrifício da população”, conclui.