Com alarde, o membro do diretório estadual do PT em Pernambuco, Wladimir Quirino, usou uma rede social para fazer uma ironia com a própria legenda. “Do jeito que vai, já já a direção do PT vai aceitar um ministério do governo golpista”, disse o dirigente do PT.

A crítica de Quirino é resultado da deliberação da executiva nacional que orientou as bancadas do PT no Senado e na Câmara de Deputas a comporem com o PMDB, no Senado, e o DEM, na Câmara, apoiando a candidatura destes partidos à presidência das duas casas legislativas.

Na prática, o PT no Senado vai apoiar a eleição do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) para a presidência do Senado, além de apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a presidência da Câmara de Deputados.

Em troca, o PMDB e o DEM devem compor com o PT, oferecendo lugares na mesa diretora das casas.

O problema, para correntes do PT como a de Quirino, é que DEM e PMDB apoiaram o chamado “golpe” que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma (PT) ano passado.

Assim, o PT apoiar agora os projetos de poder dos partidos “golpistas” incomoda parte das bases do partido.

Dá uma espécie de tilt.

O dirigente é crítico contumaz da atuação parlamentar de seus correligionários.

Em 2013, mandou mensagem ao Blog criticando a atuação dos deputados estaduais do seu partido. “A situação é mais crítica na bancada do PT-PE que não mais está sintonizada com os anseios da população.

O problema da bancada do PT pernambucano foi levado à instância partidária”, disse em 2013.