Responsável pela condução da Lava Jato na Justiça Federal, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, disse em conversas reservadas, segundo a Folha de S.

Paulo, que “nem tudo está perdido”, numa referência à relatoria da Operação Lava Jato.

Moro acompanhou, neste sábado (21), o velório de Teori Zavascki, na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, e afirmou que a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma grande perda para a magistratura. “Há uma grande desolação da magistratura, de todos que o conheciam, especialmente aqui da 4ª Região, onde ele construiu sua carreira”, disse o juiz ao deixar a cerimônia.

LEIA MAIS: » No STF, Moro não poderia julgar nem Lula nem Cunha » Temer diz que só vai indicar substituto de Teori após definição de relator Em um breve pronunciamento, ele afirmou: “vim prestar homenagem ao ministro Teori Zavascki, já me manifestei publicamente a respeito.

Acredito que, pela qualidade, relevância e importância pelos serviços que ele prestava, e a situação difícil desses processos, pela importância desses processos, ele foi um verdadeiro herói.

Há uma grande desolação da magistratura, todos que o conheciam, especialmente aqui da quarta região, onde ele fez carreira profissional”.

O velório de Teori Zavascki foi reservado a parentes, amigos e autoridades.

O enterro do ministro do STF está marcado para às 18h, no Cemitério Jardim da Paz, na zona leste de Porto Alegre.

SOLUÇÃO INSTITUCIONAL Foto: AFP Sérgio Moro avalia que a definição do novo relator do caso no Supremo Tribunal Federal deverá ser resolvida pela Corte de forma “institucional”. “As instituições estão funcionando.

Vai ser resolvido institucionalmente”, disse Moro, ao ser questionado sobre a decisão do presidente da República, Michel Temer, de indicar o próximo ministro do STF apenas após a Corte definir o novo relator da Lava Jato. “Compete ao Supremo”, completou Moro, ao sair de um almoço com o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Com a morte de Teori, o STF deve adotar uma solução interna, para que um dos atuais integrantes da Corte assuma a relatoria da Lava Jato.

A decisão sobre o sorteio para a redistribuição deve ser tomada pela presidente Cármen Lúcia.