Casa de ferreiro, espeto de pau.

Por meio de nota, o Sinpol questiona uma medida administrativa da área de segurança pública.

De acordo com o sindicato, depois de suspender as férias dos policiais civis, militares e bombeiros até 31 de janeiro de 2017, o Governo do Estado autorizou as férias do Chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Antônio Barros, para este mês.

Para a entidade, a medida demonstra incoerência. “Contrapondo os argumentos da portaria, o chefe da Policia Civil Antonio Barros teve o direito de gozar as férias no referido período, o que põe em dúvida a seriedade das decisões do governo ao tomar medidas como esta.

Qual a lógica de suspender o direito dos policiais que ficam na base do problema e autorizar o descanso dos chefes, que deveriam ser exemplo, responsáveis por organizar e dirigir as ações de contenção da criminalidade?

Combater a onda de violência que assombra o Estado é dever de todos os integrantes da polícia – chefes ou subordinados – e não de apenas alguns!”, reclamam, em nota que não é assinada por nenhum diretor ou presidente.

A decisão de prorrogar a suspensão de férias dos policiais está na portaria 4648, de 21 de dezembro de 2016, assinada pelo secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia.

Nela, o governo do Estado alega a necessidade de manter a prevenção e a redução da criminalidade durante o mês de janeiro tendo em vista a redução de policiais militares nas ruas em razão da não adesão ao PJES. À princípio, a medida valeria de 15 a 31 de dezembro de 2016, mas foi prorrogada até o fim de janeiro de 2017.

No texto da portaria, a SDS afirma que “férias são direitos do servidor, cujo período de gozo também se submete ao interesse público”.

O texto finaliza informando que as situações excepcionais serão avaliadas de acordo com cada caso “observando razões de conveniência, oportunidade e interesse público”.