O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, acionou a primeira bomba das quatro que foram emprestadas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), através da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), para a Transposição do Rio São Francisco.
O conjunto de motobomba flutuante é no reservatório Braúnas, em Floresta, no Sertão pernambucano, visitado nessa terça-feira (17) por Barbalho.
Nesta quarta-feira (18), ele foi às outras quatro estações de bombeamento do eixo leste, desde o Estado até a Paraíba.
De acordo com o ministério, o equipamento acionado vai acelerar a chegada da água do São Francisco às cidades paraibanas de Monteiro e Campina Grande, no primeiro semestre deste ano.
LEIA TAMBÉM » Ministério prorroga prazo de entrega de propostas para Transposição do São Francisco » Governo Temer já usa transposição para tentar melhorar popularidade no Nordeste » Edital de último trecho da transposição sai no mesmo dia da visita de Temer a Pernambuco, mas beneficia Ceará O reservatório onde foi instalado é o segundo do eixo leste e é para onde a água vai após percorrer um trajeto de 19,7 quilômetros, desde a captação do manancial também em Floresta.
O equipamento que foi acionado tem 150 metros de comprimento e os outros três que ainda serão colocados terão 1,8 quilômetro.
Juntos, vão ajudar na condução da água por 15 quilômetros até a terceira estação de bombeamento do eixo leste.
Fonte: Ministério da Integração Nacional Segundo o ministério, se houver necessidade durante o enchimento dessas estruturas, as bombas poderão ser deslocadas para outros pontos no eixo leste da Transposição.
As duas primeiras estações elevatórias, ainda em Floresta, já estavam em operação. » Justiça do Trabalho suspende obras na Transposição do São Francisco » Ministério responsabiliza construtoras da Transposição do São Francisco por paralisação na obra Helder Barbalho também inspecionou as duas estruturas, além da captação de água do São Francisco no reservatório de Itaparica, do trajeto da água até chegar à primeira estação, do aqueduto da BR-316 e dos reservatórios Areias e Braúnas.
De acordo com a Integração nacional, 96,4% das obras foram construídas nesse eixo.
Foto: Ed Ferreira/Ministério da Integração No fim do ano passado, as obras no canteiro do túnel de Giancarlo de Lins Cavalcanti, em Monteiro, destino da água no eixo leste, foram suspensas pela Justiça do Trabalho, após recomendação do Ministério Público do Trabalho, devido às condições de transporte dos funcionários.
Em nota, o ministério afirmou que “todas as recomendações do Ministério Público do Trabalho foram atendidas pelos Consórcios São Francisco Leste e Bacia do São Francisco”, acionados pela pasta, e disse que a decisão judicial não afetou o cronograma final do projeto.
No eixo norte, o problema é maior.
As obras no trecho 1, de Cabrobó (PE) até Jati (CE), estão paradas desde junho, quando a Mendes Júnior decidiu deixar o canteiro.
Envolvida na Operação Lava Jato, a empreiteira foi considerada inidônea, sendo proibida de contratar com o poder público, e está com dificuldade de obter crédito.
Uma nova licitação está em andamento e as propostas deverão ser abertas em 31 de janeiro. » Governo solicita licença de operação para a transposição do São Francisco » Dilma pressiona governo Temer sobre Transposição » Ministro de Temer promete entregar Transposição do São Francisco até o fim de 2016 Pouco antes de deixar a presidência, em maio, Dilma Rousseff (PT) visitou as obras da transposição em Cabrobó.
Em tom de despedida, disse que ficaria triste se não visse o fim da obra. “Se tiver uma coisa que vou ficar muito triste na minha vida é não ver o dia que Dona Maria e Seu João abrirem a torneira e eu não estar aqui para comemorar com vocês”, disse em discurso.
A construção do canal da transposição começou em 2007, ainda no governo Lula (PT), com previsão inicial de acabar três anos depois.