Diante da crise no sistema prisional, o governo federal anunciou a autorização, por decreto, para a entrada de militares das Forças Armadas entrarem nas unidades prisionais para vistorias se há armas, drogas e telefones nas unidades prisionais.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, voltou a dizer nesta terça-feira (17) que os Estados não estão “dando conta” da segurança e afirmou ao jornal Folha de S.

Paulo que os militares não terão contato direto com os presos, que serão deslocados dentro das instituições.

LEIA TAMBÉM » Secretários de segurança pressionam governo por PEC que vincule recursos à área » Jungmann defende que União tenha mais responsabilidade sobre segurança “Esse papel será das polícias e dos agentes penitenciários, embora o controle da forma de fazer a varredura ficará sob comando dos militares.

Mas não haverá interação com preso”, garantiu Jungmann em entrevista à Folha. » “Presídio reduz dano, mas não o problema”, diz secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco » “Temos que agir antes que saia do controle”, diz Jungmann sobre facções no País O decreto afirma que caberá ao ministro detalhar como será a atuação das Forças Armadas, criando normas para isso.

Ao jornal, ele adiantou que as vistorias serão periódicas e “de surpresa”.

Caberá, porém, aos estados solicitar ao governo federal o envio dos militares, passando por análise da União caso a caso.

Em entrevista à Rádio Jornal nessa segunda-feira (16), Jungmann havia defendido que o governo federal tenha mais responsabilidade sobre a segurança, área que constitucionalmente cabe aos estados.

Mas o ministro frisou que essa é uma opinião pessoal, não da gestão de Michel Teme (PMDB).