Ainda preso, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, concedeu entrevista nesta terça-feira (17), após prestar depoimento.
O ativista foi detido pela Polícia Militar durante uma reintegração de posse de um terreno ocupado na zona leste de São Paulo e se disse alvo de uma prisão política.
A ação policial acabou em conflito entre moradores e a tropa de choque, que utilizou gás de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o protesto.
LEIA TAMBÉM » Líder do MTST, Guilherme Boulos é preso pela PM em reintegração em São Paulo » Para Dilma, prisão de Boulos fere democracia e criminaliza defesa dos direitos sociais “Não teve nenhuma razão, alegaram incitação à violência.
Eles despejam 700 famílias com violência e eu que incitei a violência?”, disse Boulos em entrevista após prestar depoimento. “O MTST estava nessa ocupação para buscar garantir o direito dessas pessoas que estavam sendo despejadas.
A tropa de choque avançou, jogou bombas, estão querendo arrumar um culpado.” Boulos afirmou que há uma “ofensiva de criminalização dos movimentos sociais” para desmoralizá-los. “Há pessoas até agora jogadas no meio da rua, na chuva”, disparou. » Ex-ministro de Dilma critica prisão e sai em defesa de Boulos » “Lutar não é crime”, diz Humberto Costa em defesa de Guilherme Boulos Após a prisão do líder do MTST, a ex-presidente Dilma Rousseff, o senador pernambucano Humberto Costa e outros petistas criticaram a ação policial. “Lutar não é crime”, afirmou o parlamentar.
Dilma classificou a prisão como “inaceitável” e disse: “Os movimentos sociais devem ter garantidos a liberdade e os direitos sociais, claramente expressos na nossa Constituição cidadã, especialmente, o direito à livre manifestação.”