Muito se tem comentado sobre o aumento dos gastos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e do senador Fernando Collor (PTC), ambos eleitos por Alagoas.

Só com correspondências as despesas do peemedebista pularam de R$ 9.143,41 para R$ 84.194,44 entre 2015 e 2016 e do ex-presidente de R$ 47.478,18 para R$ 109.316,48.

Mas no estado vizinho de Pernambuco o caso não é diferente; os gastos de Humberto Costa (PT) e de Fernando Bezerra Coelho (PSB) aumentaram e quase chegaram ao limite permitido na Casa.

O petista foi o menos econômico e teve um disparo no valor destinado ao pagamento de correspondências e diárias em viagens oficiais.

LEIA TAMBÉM » Deputados pernambucanos gastaram mais de R$ 10 milhões com “cotão” em 2016 » Descubra se o seu deputado faltou muito na Câmara em 2016 e cobre em 2017 O teto da cota para cada um dos três senadores pernambucanos é de R$ 36.266,60 mensais, o que equivale a R$ 435.199,20 anuais.

Considerando as despesas com correspondências, o limite por mês é de R$ 8.201, chegando a R$ 98.412 por ano.

Fernando Bezerra Coelho gastou mais até do que Fernando Collor (Foto: Agência Senado) Considerando apenas a cota, Fernando Bezerra Coelho foi o menos econômico em 2016.

Só com ela, foram R$ 435.141,96, sendo a maior parte com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis, o equivalente a R$ 178.301,53.

Passagens aéreas e o escritório político foram responsáveis por outra grande parcela de gastos, R$ 100.536,88 e R$ 78.184,56, respectivamente.

No ano passado, porém, o socialista teve cota de R$ 357.386,28.

Comparando com os alagoanos, FBC gastou mais.

Fernando Collor teve cota de R$ 420.471,01 no ano passado e R$ 420.674,40 em 2015 e outros gastos de R$ 116.593,70 e R$ 58.190,08 nos dois anos.

A cota de Renan passou de R$ 39.628,87 para R$ 54.139,33 e os outros gastos foram de R$ 26.874,27 para R$ 100.546,67. » Deputados de Alagoas querem lagosta, camarão, picanha na chapa e rosquinha húngara » Enquete: você concorda com a proposta de reduzir número de deputados para 405?

Por outro lado, o senador reduziu os gastos com correspondências e materiais de escritório, passando de R$ 77.968,28 para R$ 64.812,78.

A queda foi no valor destinado aos Correios, que foram de R$ 46.225,66 para R$ 24.659,66.

Foto: André Corrêa / Liderança do PT no Senado O líder do PT no Senado, Humberto Costa, teve cota menor do que a de Fernando Bezerra Coelho no ano passado, de R$ 416.995,26, mas em 2015 foi maior, de R$ 417.461,82.

Os outros gastos também foram superiores aos do socialista, passando de R$ 101.166,33 para R$ 164.490,07. » Com ou sem crise, Geraldo Julio tem mais quatro anos para cumprir promessas de campanha » Guilherme Uchôa garante que assessores de novos deputados recebam pelo mês de janeiro “cheio” As maiores despesas do petista foram com hospedagem, alimentação, combustíveis, de 173.708,74, sendo maiores em setembro, outubro e julho; passagens aéreas, de R$ 112.994,52, com destaque para os meses de julho, agosto e junho; e aluguel de escritório político, de R$ 95.605,41.

Humberto Costa ainda gastou R$ 119.905,13 com correspondências no ano passado, um aumento em relação aos R$ 39.322,46 de 2015.

O valor para pagar diárias em viagens oficiais, entretanto, diminuiu de R$ 50.107,43 para R$ 34.339,73.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Armando Monteiro Neto era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff (PT) em 2015 e não teve a cota.

Porém, em janeiro daquele ano, gastou R$ 398,49 com materiais como colheres de sopa e para suco, copos descartáveis e água mineral.

Os pratos custaram R$ 239,64. » Sem crise, Senado aprova aumento de salário para servidores da Defensoria Pública da União » Assembleia Legislativa vai gastar R$ 1,7 milhões com 8 mil livros em homenagem a Arraes No ano passado, quando deixou o primeiro escalão da gestão petista inicialmente para votar contra o impeachment e depois devido à ida de Michel Temer (PMDB) para a presidência, teve uma cota mais modesta que os outros pernambucanos.

Armando gastou R$ 145.051,64, sendo R$ 66.437,83 em passagens aéreas; R$ 33.805,67 para o aluguel do escritório político; e R$ 22.260 para a divulgação da atividade parlamentar.

Os outros gastos somaram R$ 21.993,59, incluindo R$ 16.132,23 com correspondências e R$ 5.861,36 com materiais de escritório.