Após acusar a gestão Vado da Farmácia (sem partido) de provocar o atraso no pagamento do programa Bolsa Cidadã ao não deixar os empenhos, a nova secretária de Programas Sociais do Cabo de Santo Agostinho, Edna Gomes, agora acusou a gestão anterior de não colocar em avaliação do setor de serviço social a maior parte das inclusões e exclusões de beneficiários.

A denúncia foi para contra-argumentar a resposta do ex-prefeito às suas críticas.

Vado da Farmácia afirmou na sua nota que o último recadastramento foi feito em julho do ano passado.

Edna Gomes, por outro lado, diz que “não foi encontrado registro desse material nos arquivos da secretaria.

Frisando que os programas sociais da prefeitura estão sendo investigados, relatou que solicitou um novo recadastramento, “a fim de averiguar a situação socioeconômica de cada participante avaliando se possui real perfil para ser contemplado pelo programa”.

LEIA TAMBÉM » Secretária do Cabo acusa gestão Vado de não deixar documentos para pagar programas sociais » Vado da Farmácia diz que deixou documentos sobre programas sociais Rebatendo a afirmação do ex-prefeito de que teve dez dias para preparar o empenho e que deixou R$ 700 mil para o pagamento, afirmou: “Qualquer gestor ou gestora que tenha o mínimo de conhecimento financeiro e orçamentário, compreenderia que para a efetivação do pagamento dos beneficiários, referente ao mês de dezembro, seria necessário que a gestão anterior realizasse os procedimentos legais e orçamentários previstos, deixando empenho prévio como restos a pagar para não comprometer o orçamento do exercício/2017, ação esta que não foi realizada.” Hoje há 1.436 beneficiários do Bolsa Cidadã, um programa para oferecer oferecer qualificação profissional e auxílio ao trabalho que foi criado há pouco mais de dois anos, já na gestão de Vado da Farmácia, para substituir o Onda Limpa e o Ação Cidadania, extintos por ordem do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O valor devido a esses beneficiários é de R$ 359 mil.

São 81 inscritos no auxílio-moradia, a um custo de R$ 13.940. » Cabo: ex-secretária é alvo de ação por prejuízo de R$ 3,7 mi na compra de livros » Prefeitura do Cabo é investigada por suspeita de uso de programas sociais para compra de votos Vado da Farmácia também reclamou que houve apenas um encontro com a equipe de transição sobre o assunto. “Como é de conhecimento da população, no dia 30 de dezembro de 2016, fui convidada pelo prefeito Lula Cabral para assumir a Secretaria Municipal de Programas Sociais.

Contudo, precisava da anuência da Câmara para me licenciar do cargo de vereadora, fato este que apenas ocorreu no dia 2 de janeiro de 2017.

Enfatizo que, anteriormente a esta data, encontrava-me impossibilitada de tomar decisões relativas à condução dos trabalhos na secretaria uma vez que à época ainda não respondia oficialmente pela pasta”, respondeu Edna Gomes.

No período eleitoral, a secretaria foi alvo de investigação depois que o ex-secretário de Programas Sociais Ronaldo Santos, vereador eleito pelo PTB, teria ordenado a inclusão de cidadãos em programas sociais como forma de compra de votos.

A Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco recolheram documentos.