Estadão Conteúdo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o chefe do Ministério Público no Peru, Pablo Sanchez Velarde, assinaram nesta sexta-feira (13) uma declaração conjunta para intensificar a cooperação internacional e trocas de informações sobre corrupção.

O acordo tem como objetivo garantir o aprofundamento de investigações relacionadas à Odebrecht.

No início do ano, a Odebrecht fechou um acordo preliminar de cooperação com o Peru, no qual se comprometeu a pagar uma multa de US$ 9 milhões pelos ganhos ilícitos que obteve no país.

LEIA TAMBÉM » Odebrecht fecha acordo com Panamá » Caso Odebrecht leva crise a ao menos cinco países » Odebrecht pagou propina oito vezes ao Panamá Após sair da reunião com Janot, o procurador peruano afirmou que a investigação é grande e abrange casos de corrupção em três períodos de governo peruano. “Não vamos tolerar nenhum caso de corrupção no Peru e nem aceitar pressão”, disse Velarde.

Segundo ele, procuradores do Peru e procuradores brasileiros que atuam no caso irão se encontrar nos próximos dias para falar sobre as investigações. » Marcelo Odebrecht pediu cargo na gestão Dilma a Palocci » Ex-corregedora da Justiça não leva a sério colaboração da Odebrecht que esquece o Judiciário » ‘Financial Times’ diz que Odebrecht é máquina de suborno brasileira A investigação sobre a Odebrecht no Peru corre sob sigilo, assim como no Brasil.

Velarde afirmou que não é suficiente saber os nomes dos envolvidos, mas também obter datas, fatos e provas efetivas. “Vamos seguir dialogando”, disse Velarde sobre a colaboração com o Brasil.

Ele prometeu transparência nas investigações.