Por Paulo Veras, do Jornal do Commercio Ao tomar conhecimento pelo JC da crítica direta do deputado estadual Álvaro Porto (PSD) ao governador Paulo Câmara (PSB), o deputado federal André de Paula, presidente estadual do PSD, garantiu que o partido continua na base, mas evitou adiantar qualquer sanção contra o correligionário, afirmando que a discussão deve ser feita dentro da própria legenda, e não através dos jornais.
LEIA TAMBÉM » Álvaro Porto ironiza governo e diz que Empetur pode “levar bandas a festas de presos” “Essa questão é uma questão que nós vamos discutir.
Está todo mundo no recesso e é difícil conversar sobre o assunto.
O fato de ser uma coisa pessoal contra o governador, eu lamento profundamente.
Mas não vi a nota.
Se é um ataque ao governador, eu acho uma lástima.
O governador, além de ser um líder da nossa fretne, é uma pessoa extremamente atenciosa com todos os deputados, inclusive com o próprio Álvaro Porto”, afirmou André de Paula, que conversou com Álvaro pela última vez no final de semana passado.
O presidente do PSD-PE fez questão de ressaltar que o partido é governista.
Disse que essa é uma posição sua e dos deputados estaduais Rodrigo Novaes, Joaquim Lira e Romário Dias. “Temos admiração pelo governador.
Ele é nosso líder”, frisou. » Aliado de Paulo Câmara, Álvaro Porto diz governo estadual enterra FEM e deixa municípios com débitos » André de Paula deixa secretaria das Cidades e assume mandato em Brasília Em nota divulgada nesta sexta-feira (13), Álvaro, que costuma criticar secretários estaduais, subiu o tom e mirou diretamente no governador Paulo Câmara.
Sugeriu que Paulo apoiaria que a Empetur levasse shows a presídios, disse que o governador não tem interesse ou força para enfrentar a questão penitenciária e, por fim, afirmou que ele está de acordo com descalabros e consente com o deboche.
Segundo André de Paula, o PSD é um partido democrático e Álvaro Porto, em todos os momentos, deixa claro que sua crítica é pessoal, não feita em nome da legenda.
Também disse respeitar a autonomia do mandato eleito pelo povo. “Se ele dissesse que estavamos falando em nome do partido, nós teríamos um problema”, explicou.