De acordo com a pesquisa da CDL, para 45% dos consumidores 2016 foi um ano pior que 2015 em relação a situação financeira.
Para 27,2% foi igual.
E para 27,8%, 2016 foi melhor que o ano anterior.
Embora os dados não revelem perspectivas de mudanças positivas na economia no curto prazo, a grande maioria dos consumidores está otimista quanto a um 2017 melhor. 83,3% acredita que 2017 será um melhor que 2016 para sua situação financeira.
Apenas 5,5% não acreditam em melhoras, para esses a situação financeira tende a ser pior.
Considerando os ganhos e gastos dos últimos meses, 28,9% disse não ter sobrado nada e continuou devendo alguma coisa, esse número é 6,5 p.p. superior ao registrado em dezembro de 2015.
Para 26,2%, embora não tenha sobrado nenhum dinheiro, não ficaram no vermelho.
Em contrapartida, aqueles que disseram ter sobrado dinheiro e que ainda quitou alguma dívida caiu em um ano, eram 31,3% em dezembro de 2015, agora são apenas 17,8%.
Embora a diferença seja pequena, os homens voltaram a figurar como maioria dos negativados, com 54,7% do total.
Enquanto as mulheres detém 45,3%.
Com relação à idade, a população que vai de 21 a 50, que compõe a maior parte da população economicamente ativa, formam 65,4% daqueles que não honraram seus débitos.
Por outro lado, a participação da população com mais de 50 anos entre os inadimplentes se elevou em dezembro, passando de 15,1% em setembro para 29,1% nesta edição.
Os consumidores que possuem renda familiar mensal de até 3 SM corresponderam a 77,7% dos negativados.
Esse resultado indica claramente a dificuldade que a classe D e E tem tido em honrar seus compromissos, dado a situação econômica atual de forte inflação, diminuição do poder de compra, elevação do desemprego e encarecimento de crédito que atingem, principalmente, a população de baixa renda.
Em contrapartida, a participação daqueles que ganham mais de 5 SM cresceu significativamente entre os inadimplentes. “Isso é um reflexo da atual situação econômica do país e mostra que parte da população com maior renda também passou a ser afetada pela crise”, reflete o presidente.
Quanto à ocupação profissional dos entrevistados inadimplentes, apesar de apresentar redução, o número de funcionários de empresa privada se mantém como maioria entre aqueles que não puderam honrar suas dívidas, com 25,9% do total e uma retração de 10,5 p.p. em um ano.
Os profissionais autônomos permanecem com a 2ª maior participação entre os endividados com 17,8%. “Esse número pode ser explicado pelo crescimento dos autônomos como alternativa a redução do mercado de trabalho formal e ao fato de que a renda variável dos autônomos somado a falta de planejamento podem contribuir para a elevação da inadimplência por esses profissionais”, detalha Catão.
Aqueles que afirmaram estar desempregados também cresceram entre os maus pagadores, eram 4% em dezembro de 2015 e passaram a 9,1% em dezembro de 2016.
O desemprego continuado que vem marcando os últimos meses impedem que os consumidores possam quitar dívidas adquiridas anteriormente.