A cinco dias de fazer o pagamento de R$ 359 mil do programa Bolsa Cidadã e R$ 13.940 do auxílio-moradia, valores referentes ao mês de dezembro do ano passado, a secretária de Programas Sociais do Cabo de Santo Agostinho, Edna Gomes, denunciou nesta quarta-feira (11) que a gestão anterior, de Vado da Farmácia (sem partido), não deixou documentos para viabilizar o depósito dos benefícios.

O empenho foi feito na última segunda-feira (9) e o pagamento deve ser feito até o fim do mês, após um recadastramento que começa nesta quinta-feira (12).

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Vado não aparece em transmissão de cargo » Chefe de gabinete de Vado da Farmácia quadruplicou salário no último mês da gestão Hoje são 1.436 beneficiários do Bolsa Cidadã, um programa para oferecer oferecer qualificação profissional e auxílio ao trabalho que foi criado há pouco mais de dois anos, já na gestão de Vado da Farmácia, para substituir o Onda Limpa e o Ação Cidadania, extintos por ordem do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Há 81 inscritos no auxílio-moradia.

Todos estão atrasados. » Temer altera programas sociais de Lula e Dilma » Cabo: prefeitura é investigada por suspeita de uso de programas sociais para compra de votos Mesmo com a revisão dos cadastros realizada este mês, será realizado ainda outro recadastramento mais complexo posteriormente, a longo prazo.

Os usuários terão que passar por avaliação das assistentes sociais para comprovar a situação socioeconômica de pobreza ou extrema pobreza para continuar recebendo os benefícios. “Essa medida se faz necessária para que possamos saber se os inscritos nos programas são de fato beneficiários ou não, já que todos os programas sociais do município estão sob denúncias, pois não estão funcionando com o que preconiza o Sistema Único de Assistência Social e nas Lei Orgânica da Assistência Social”, alegou Edna Gomes através da assessoria de imprensa.

No período eleitoral, a secretaria foi alvo de investigação depois que o ex-secretário de Programas Sociais Ronaldo Santos, vereador eleito pelo PTB, teria ordenado a inclusão de cidadãos em programas sociais como forma de compra de votos.

A Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco recolheram documentos.

Em nota, a gestão de Vado da Farmácia respondeu que “age com seriedade, cumpre rigorosamente a legislação, não beneficia nenhum candidato e está sempre à disposição para prestar aos órgãos fiscalizadores”.