Após os massacres em Manaus e Boa Vista, o presidente Michel Temer afirmou, na manhã desta quarta-feira (11), que espera que o País não precise mais construir presídios em alguns anos, “só escolas e hospitais.” O peemedebista se reúne ainda hoje com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e deputados da “bancada da bala”, que vão pedir a criação do Ministério da Segurança Pública e apresentar propostas para melhorar o sistema penitenciário nacional.

A audiência está marcada para as 11h30, no Palácio do Planalto. “Se você quiser alterar um sistema fracassado, falido, tem de botar o dedo na ferida.

Não adianta falar que vai comprar equipamentos, porque não vai resolver.

A matança vai continuar, porque enquanto não se adotarem medidas estruturais contra o crime organizado, não vamos chegar a lugar nenhum”, disse o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública.

Na busca por uma agenda positiva, Temer retomou, nesta manhã, o formato de reuniões de núcleos do governo.

Ao núcleo de infraestrutura, o peemedebista afirmou que 2017 é um ano fundamental “porque é o ano de consolidação de tudo o que foi feito no último semestre de 2016.” O presidente lembrou que a inflação terminou o último ano abaixo da meta e disse que a projeção para este ano é de uma redução ainda maior.“Estamos com a inflação abaixo do teto da meta, o que mostra que o governo está no caminho certo.” A inflação oficial do Brasil fechou o ano passado no menor nível em três anos.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 6,29% – valor abaixo do teto da meta (6,5%) e inferior ao resultado de 2015, quando a taxa havia sido de 10,67%.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta quarta.

Temer disse ainda que a marca do governo federal é o diálogo e defendeu a proposta de reforma trabalhista como forma de pacificar a relação de empregados e empregadores. “É uma vitória termos chegado a estas quatro reformas neste curto período”, afirmou. “Em matéria que vai direto ao interesse do povo, são inúmeras ações.

O saque do saldo das contas inativadas do FGTS é uma delas.

A redução dos juros do chamado crédito rotativo dos cartões de crédito devem ser reduzidos mais da metade”, disse Michel Temer.