Acompanhando as críticas feitas pelo governador Paulo Câmara (PSB) ao governo Michel Temer (PMDB), o chefe de gabinete do socialista, João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos (PSB), classificou como injusto com Pernambuco o processo de renegociação da dívida dos estados, por exemplo.
Em entrevista ao Resenha Política, nesta segunda-feira (6), deu nota “de cinco a seis” à gestão do peemedebista.
LEIA TAMBÉM » Filho de Eduardo Campos defende candidatura própria do PSB em 2018 » “Eu tenho a consciência muito tranquila da vida que meu pai levou”, diz filho de Eduardo Campos sobre investigações João Campos afirmou que o ajuste fiscal feito em Pernambuco é um “belo exemplo para o Brasil” por ter, nas palavras dele, “olhar federativo importante”.
Citando o reajuste do IPVA, alegou que Paulo Câmara buscou o reajuste de impostos que tivessem arrecadação partilhada com municípios e em que partes mais vulneráveis da sociedade sofressem menos.
O chefe de gabinete frisou ainda que, apesar de não ter sido beneficiado com a renegociação da dívida, é aguardado um acordo da ordem de R$ 600 milhões, dinheiro que deve ser usado principalmente para fazer andar as obras paradas. » Assista à entrevista completa: O filho de Eduardo Campos ainda criticou a emenda constitucional que institui um teto de gastos para o serviço público. “Se tivesse teto de gastos em Pernambuco, o Estado não teria saído da 21ª posição para a primeira no Ideb, não teria maior rede de escolas técnicas”, afirmou. “Essas medidas punem os bons gestores, como é o caso do governador Paulo Câmara.
Não é justo com Pernambuco.” Apesar da nota mediana dada ao governo Temer, João Campos lembrou que ele assumiu em um momento de crise política no País, após as eleições presidenciais de 2014, marcadas na análise dele pela polarização, e do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “O que falta a Michel Temer é uma grande ação, uma grande causa que una todos os brasileiros, que desmonte os palanques”, avaliou. “Não pegou uma herança boa, mas vem tentando trabalhar.”