Após rebeliões que deixaram dezenas de mortes no Norte do País, magistrados do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) vão realizar, nesta terça-feira (10), no Fórum Thomaz de Aquino, no Recife, uma reunião para debater o sistema carcerário no Estado.

Com unidades superlotadas, Pernambuco é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF).

LEIA TAMBÉM » PSOL entra no STF contra MP do governo Temer sobre sistema penitenciário » Temer autoriza repasse a Estados de R$ 1,2 bi do Fundo Penitenciário O presidente do tribunal, desembargador Leopoldo Raposo, defende maior celeridade na análise dos processos como uma das soluções do problema. “Há situações em que um réu responde a três, quatro, cinco, ou mais processos.

Por isso, permanece nos presídios.

Nesse contexto, a agilização de processos de réus presos tem de ser intensificada”, afirmou em nota enviada pela assessoria de imprensa.

Segundo Raposo, a fiscalização deve ser intensificada. » Sistema prisional também pode ter sido usado para desviar dinheiro para campanhas políticas? » Vice de Janot cogita pedir intervenção federal em Pernambuco por causa de presídios O magistrado participou de outra reunião sobre o tema, realizada na semana passada, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, também no Recife. “Nós nos reunimos para pensar de forma preventiva, a fim de evitar que fatos bárbaros infelizmente ocorridos no Amazonas e em Roraima, possam acontecer em Pernambuco”, disse Raposo.

Com a crise no sistema carcerário nacional, magistrados começaram a se reunir na semana passada (Foto: Alesson Freiras/Divulgação) “Muitos são os problemas a respeito da situação dos presídios, a exemplo de superlotação ou fragilidade da ressocialização. É importante, sim, que críticas sejam feitas.

Se não existem críticas, nós podemos imaginar que tudo está correto, o que não é verdade”, reconheceu o desembargador.