Defenestrado do poder central com a queda de Dilma, o líder do PT no senado, Humberto Costa, não poderia deixar de criticar a fala do presidente Michel Temer.
Na última terça-feira (27), durante visita a Alagoas, Temer disse que pretende ser “o maior presidente que o Nordeste já teve”. “É uma piada pronta, pois ao contrário do que o golpista diz, o que temos visto é a redução de recursos para o Nordeste”, disse o senador.
Humberto Costa citou como exemplo o tema da negociação do Governo Federal com a dívida dos estados brasileiros como o exemplo do tratamento dado por Temer à região.
Na verdade, Temer vetou o projeto que a Câmara dos Deputados aprovou.
Os deputados queriam acordos de renegociação sem sacrifícios.
Temer foi coerente e manteve o ajuste proposto pela Fazenda. “Os estados nordestinos, que sempre cumpriram religiosamente a lei de Responsabilidade Fiscal, não tiveram qualquer tratamento especial por parte do governo.
Como é que ele tem a coragem de vir à região e falar uma barbaridade dessas? É pra rir mesmo”, ironizou. “Nem agora nem nunca o “governo não eleito de Michel Temer” poderá ser comparado às ações prioritárias das gestões de Lula e Dilma”. “O Brasil e, em especial, o Nordeste cresceram durante os governos do PT.
Foram milhares de ações que transformaram a vida dos mais necessitados.
A desigualdade social caiu vertiginosamente.
Uma prova disso é cerca de 10% dos mais pobres tiveram crescimento de renda quase três vezes maior que os 10% dos mais ricos”, disse.
Na verdade, em menos de seis meses, o governo Temer reajustou o Bolsa Família em 12,5%, o que significa R$ 1,1 bilhão a mais de recursos a beneficiar diretamente 14 milhões de famílias.
No programa de Financiamento Estudantil (Fies), abriu mais 70 mil vagas. “O presidente Lula trouxe a Refinaria, o Estaleiro, a Hemobrás e promoveu tantas outras ações como o fortalecimento de políticas sociais a exemplo dos programas Luz para Todos, do Minha Casa Minha Vida e do próprio Bolsa-Família.
Não tem como Temer se comparar”, analisou o senador.
O legado da dupla Temer-Dilma, na prática, é inflação fora de controle e mais de 12 milhões de desempregados.
O que une Temer e Dilma, além da contas do TSE, são as operações da Lava Jato. “As políticas de arrocho de Temer para os trabalhadores e as propostas de emenda que reduzem drasticamente os investimentos vão prejudicar todos os brasileiros.
Além de todo o processo de desmonte de políticas públicas importantes, como a política de educação, assistência social e da própria política habitacional, ainda temos a PEC 55 que congela os gastos durante 20 anos e as reformas da Previdência e Trabalhista”, criticou Humberto Costa.