O governo Temer comemorou parte dos dados do Caged, divulgados nesta tarde.

Um exemplo foi o número de vagas de emprego fechadas em novembro de 2016, que foi menor do que em novembro de 2015.

Neste ano, foram perdidos 116.747 postos com carteira assinada – no ano passado, nesse mesmo mês, haviam sido 130.629, com dona Dilma.

Segundo os dados oficiais, o resultado em novembro de 2016 é decorrente de 1.103.767 admissões contra 1.220.514 demissões.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (29), mostram ainda que no acumulado do ano a queda registrada no emprego atingiu o montante de 858.333 postos de trabalho a menos, um declínio de 2,16%.

E no período dos últimos 12 meses, o número de empregos formais passou de 40,3 milhões para 38,8 milhões, uma perda de 3,65%.

Mas os dados do desempenho setorial mostram que a crise continua brava.

De todos os setores de atividade econômica, apenas o Comércio teve desempenho positivo em novembro, seguindo a tendência já registrada em outubro.

De acordo com o Caged, houve um acréscimo de 58.961 vagas, o que representa um aumento de 0,66%.

A alta foi puxada principalmente pelo ramo Varejista, que abriu 57.528 postos.

A maioria dos empregos foi criada nos segmentos do vestuário e acessórios, seguidos pelos supermercados, comércios de calçados e artigos para viagens.

Entre os setores com resultado negativo, destacaram-se a Indústria de Transformação (-51.859 postos), a Construção Civil (-50.891), os Serviços (-37.959) e a Agricultura (-26.097).

Na indústria, a queda ocorreu principalmente nos ramos de produtos farmacêuticos (-12.211), alimentícios (-8.442), têxteis (-6.472) e de calçados (-4.033).

Já a Agricultura foi influenciada por fatores sazonais, com ênfase no cultivo de cana-de-açúcar em São Paulo, que, sozinho, fechou 4.478 postos.

Dados regionais O Rio Grande do Sul foi o estado com o melhor desempenho do mercado de trabalho no mês de novembro.

Foi a única unidade da federação que teve saldo positivo, com a criação de 1.191 vagas formais.

Os piores desempenhos foram registrados em São Paulo (-39.675 postos), em razão do saldo negativo em quase todos os setores, seguido pelo Rio de Janeiro (-12.438) e Minas Gerais (-11.402).