Favorável à reforma administrativa da Prefeitura do Recife, o vereador André Régis (PSDB) criticou nesta quarta-feira (28) a forma como o projeto foi enviado para a Câmara Municipal pela gestão de Geraldo Julio (PSB).

Para o tucano, a apresentação do corte de secretarias foi “no apagar das luzes” do mandato.

O parlamentar ainda afirmou que o Executivo subestima o Legislativo, mas culpou os vereadores por isso. “Se esta casa aceita ser tratada sem o zelo daqueles princípios, acatando e aprovando os expedientes do poder executivo sem que as mensagens sejam devidamente discutidas, a culpa não é do prefeito.

A culpa é da casa”, disse André Régis.

LEIA TAMBÉM » Por 29 a cinco, reforma administrativa de Geraldo Julio é aprovada em primeira discussão “Eu acredito que o dia em que a casa de fato se comportar devolvendo os projetos, rejeitando-os, exigindo que cheguem aqui de forma adequada com o devido respeito ao legislativo certamente as coisas serão diferentes.

Mas para a casa legislativa seja respeitada é preciso que ela dê a sua própria contribuição”, afirmou ainda. “Se essa casa não se der ao respeito não podemos esperar um tratamento diverso do que vem sendo costumeiramente dispensado pelo prefeito ao legislativo.” » Prefeitura do Recife apresenta emendas à reforma administrativa » Reforma administrativa: PCR promete cortar comissionados, mas não diz quando O tucano, porém, defendeu a reforma administrativa, classificando a diminuição da estrutura pode ser o início da redução. “Porque simplesmente o que fizemos hoje foi dar um cheque em branco ao prefeito.

Não sabemos de fato qual será o impacto real dessa reestruturação na medida em que tudo ficará a critério do executivo através de uma regulamentação pela via de decreto”, frisou. » Votação da reforma administrativa de Geraldo Julio é adiada na Câmara do Recife » Geraldo Julio anuncia redução de secretarias no Recife A proposta de Geraldo Julio, aprovada em primeira discussão mais cedo, é do corte de nove secretarias e três órgãos da gestão municipal, além da transformação de quatro empresas em autarquias.

Apesar disso, o projeto não prevê ainda a diminuição de cargos comissionados e secretarias executivas. » Priscila Krause questiona manutenção de comissionados em reforma de Geraldo Julio » Sílvio Costa Filho quer que Paulo Câmara corte secretarias, como fez Geraldo Julio “Já basta de criação de secretarias simplesmente para acomodações políticas. É preciso que elas tenham o papel real de entregar à população os serviços públicos que até hoje são mal oferecidos como consequência da falta de racionalidade atestada pelo prefeito a partir do momento em que ele próprio cria e extingue pastas da forma como foi feita nesse projeto”, afirmou André Régis, aliado do deputado federal Daniel Coelho (PSDB), um dos adversários de Geraldo Julio nas últimas eleições.