O fim de ano vai ser diferente para 19 presos da Operação Lava Jato em 2016.
Investigados, réus e condenados da operação que estão detidos na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba e no Complexo Médico de Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana, vão seguir as regras já estabelecidas nas duas unidades para as festas de final de ano.
Para os presos, não haverá árvore enfeitada, ceia à meia-noite nem presente.
Acostumado com vida de luxo, o ex-presidente da Câmara Dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por exemplo, passará a noite de Natal numa cela.
LEIA TAMBÉM » Tribunal aumenta em 78 anos penas de condenados na Lava Jato Cunha e os outros presos na Lava Jato não poderão confraternizar com a família e passarão o fim de semana do Natal como todos os outros dias na carceragem.
Segundo o jornal ‘Estado de Minas’, o único “luxo” a que o ex-presidente da Câmara e os outros oito presos que estão no CMP e demais 650 internos da unidade terão direito é de, nesta sexta-feira (23), dia normal de visita, receber de seus familiares carne assada sem osso ou cozida, arroz, macarrão, salada e maionese, além de uma sobremesa para a data comemorativa.
Os visitantes, limitados a dois por preso, poderão comer junto dos detentos.
Lá, os presos da Lava Lato fazem o banquete em uma área reservada dos demais detentos.
Mas antes de entrar na penitenciária, o panetone, por exemplo, é todo esfarelado para verificar se há objetos escondidos dentro deles. » “Não se pode canonizá-los”, diz Gilmar Mendes sobre procuradores da Lava Jato » Lula é denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato Por conta de uma portaria do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), as unidades prisionais permitem que famílias reforcem a marmita dos presidiários com iguarias diferentes nas datas comemorativas, como Natal, réveillon, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças.
Ainda de acordo com o Estado de Minas, normalmente os visitantes podem levar um bolo de até 500 gramas, cortado, sem cobertura e sem recheio, duas barras de chocolate de até 200 gramas, sem recheio, dois litros de refrigerante, leite, suco ou chá.
Na lista dos alimentos permitidos entram seis frutas descascadas e cortadas (com exceção de abacaxi e uva), seis sanduíches em pão de 50 gramas com presunto, mortadela, linguiça, queijo, bife, filé de frango ou bolinho de carne.
Outra opção é dar aos presidiários dois sanduíches e um pote de até dois quilos de alimento cozido. » Teori devolve a Janot denúncia contra Renan na Lava Jato » Para procuradores da Lava Jato, Temer é inimigo do Ministério Público Já na carceragem da Polícia Federal, que abriga presos como o ex-ministro Antonio Palocci, o executivo Leo Pinheiro, o ex-deputado pernambucano Pedro Correa (PP), o executivo Marcelo Odebrecht, entre outros, o Natal será ainda mais magro, pois não há qualquer concessão especial no Natal nem no dia normal de visita, que ocorre às quartas-feiras.
Veja quem são e onde estão presos os envolvidos na Lava Jato Complexo Médico Penal: – Eduardo Aparecido de Meira, lobista; – Eduardo Cunha, ex-deputado; – Flávio Henrique de Oliveira Macedo, sócio da Credencial; – Gim Argello, ex-senador do PTB; – João Henriques, operador; – José Dirceu, ex-ministro; – Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras; – João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; – André Vargas, ex-deputado do PT; – Luiz Argolo, ex-deputado do SD.
Carceragem da Polícia Federal: – Adir Assad, operador; – Antônio Palocci, ex-ministro; - Léo Pinheiro, executivo da OAS; – Flávio Macedo, sócio da Credencial – João Cláudio Genu, ex-secretário do PP; – Renato Duque, ex-diretor da Petrobras; – Marcelo Odebrecht, executivo da Odebrecht; – Pedro Correa, ex-deputado do PP; – Wilson Carlos de Carvalho, braço direito do ex-governador do RJ Sergio Cabral.