O ministro da Cultura, Roberto Freire, participou, nesta quinta-feira, ao lado do governador Paulo Câmara, de evento onde foi sancionada a Lei do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco, que duplica a quantidade de contemplados por ano (de três para seis), diplomação de seis novos Patrimônios Vivos de Pernambuco e a titulação dos Caboclinhos como Patrimônio Cultural Imaterial.

LEIA TAMBÉM » “Roberto Freire vai ajudar a salvar o Brasil”, diz Temer ao dar posse ao novo ministro » “Prezarei pelo diálogo”, diz Roberto Freire, novo ministro da Cultura No evento, chamado a discursar e respondendo a uma provocação de um secretário ligado ao Pc do B, no governo Paulo Câmara, Roberto Freire falou no impeachment de Dilma, despertando ódio entre alguns dos presentes.

Neste momento, o presidente nacional do PPS foi chamado de golpista.

Foto: Ashlley Melo/JC Imagem » Roberto Freire diz que analisará caso de Geddel com Iphan » Roberto Freire diz que Reforma Política atende apenas aos grandes partidos Quem também estava presente era a deputada federal Luciana Santos, do PCdoB, que era uma das defensoras de Dilma, antes da queda da petista.

A saia justa pode ter sido encomendada.

As declarações em defesa do governo federal foram dadas depois que o secretário de Cultura do Estado, Marcelino Granja (PCdoB), criticou o impeachment de Dilma e a perseguição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Marcelino Granja é aliado de Luciana Santos, já tendo sido até secretário dela quando prefeita em Olinda. “Quero aqui, em nome do governo federal que represento, com muita honra, entendendo que é uma responsabilidade de quem tem de sair dessa crise, que não foi de responsabilidade nossa.

Eu até mesmo não votei no atual presidente da República”, afirmou.

Antes de terminar a frase, o ministro foi vaiado por alguns presentes.

Roberto Freire continuou o discurso afirmando que tem a responsabilidade, também, de defender o governo “que nós votamos pelo impeachment que construímos”.

Após essa declaração, foi chamado de golpista.

O ministro de Estado que chegou a elevar o tom de voz.

Os seis novos Patrimônios Vivos eleitos pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) titulados durante a cerimônia foram o Clube Carnavalesco Mixto Seu Malaquias (agremiação carnavalesca), José Rufino da Costa Neto (Dedé Monteiro – poeta popular), Mestre João Elias Espíndola (rendeiro), Sociedade Musical 15 de Novembro (banda musical), o cantor e compositor Claudionor Germano (frevo) e o Mestre José Lopes (mamulengueiro).

Reconhecidos pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Imaterial do Brasil no último dia 24 de novembro, os Caboclinhos também receberam a diplomação durante o evento.

Com o título, eles ficam inscritos no Livro das Formas de Expressão e têm garantido o reconhecimento, a valorização e a salvaguarda de um conjunto de bens culturais.

Em nome dos caboclinhos, o presidente da Associação Carnavalesca dos Caboclinhos e Índios de Pernambuco, Erivaldo Oliveira, agradeceu a certificação. “Temos muito o que agradecer ao Governo do Estado por esse reconhecimento.

Mas o trabalho não termina aqui.

Ainda temos muitos desafios para divulgar a cultura do nosso Estado”, pontuou.