A poucos dias de deixar o governo Paulo Câmara (PSB), durante a apresentação do último balanço do Complexo de Suape sob o seu comando, nesta quinta-feira (22), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, previu que a crise econômica deve ser menos severa no próximo ano em Pernambuco. “Acredito que o Brasil também melhore.

Obviamente o ambiente político é muito ruim e só se resolve com boas eleições, elas têm que ser boas”, ponderou.

Norões avaliou o momento do País como de uma “internacionalização”. “O capital estrangeiro está vindo com toda a força.

Esse movimento não olha para excitações do presidente da Câmara ou para ‘fugas para frente’, como se disse hoje, do presidente Temer, é de longo prazo”, considerou. “O Brasil hoje talvez seja uma das maiores oportunidades para o mercado, porque está fragilizado.” LEIA TAMBÉM » Em ano de crise, faturamento de Suape cresce 15% » Evandro Avelar vai deixar Suape e assumir secretaria em Olinda O secretário ainda criticou a forma como os deputados federais aprovaram o projeto de renegociação da dívida dos estados, nessa terça-feira (20), sem as contrapartidas incluídas pelo relator no Senado, Armando Monteiro Neto (PTB), adversário de Paulo Câmara. “Mais uma vez o País vai adotar medidas por causa da irresponsabilidade de governadores”, opinou.

E aproveitou para elogiar o socialista: “O governador Paulo Câmara fez um trabalho primoroso na área fiscal.” » Secretário Thiago Norões deixa governo Paulo Câmara » Renegociação da dívida: relator no Senado defende contrapartidas para os estados Norões deixa o governo Paulo Câmara no próximo dia 31; segundo ele, para voltar a se dedicar à advocacia.

Depois de um período ainda não definido de férias, também pretende retornar à Procuradoria-Geral do Estado (PGE), de onde é funcionário de carreira.

Agora secretário, foi também procurador-adjunto no primeiro governo Eduardo Campos (PSB) e procurador-geral no segundo mandato do socialista.

Para ele, os principal desafio do seu sucessor na pasta de Desenvolvimento Econômico, ainda não anunciado, é conciliar as múltiplas ações da secretaria. “É tentar otimizar todas essas estruturas de maneira que elas continuem a servir para melhorar as condições de vida do pernambucano e a atratividade do estado como destino de negócios.”