Após o deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) afirmar que o senador Armando Monteiro (PSB-PE) foi derrotado na votação que aprovou a renegociação da dívida dos estados sem contrapartidas, nesta terça-feira (20), o petebista criticou indiretamente o governador Paulo Câmara (PSB), aliado do socialista.

O senador foi relator do projeto que previa obrigações para os estados, rejeitadas pela Câmara essa tarde. “Não se pode fazer demagogia com essas coisas, isso é uma coisa muito séria para se fazer proselitismo.

Até porque as contas dos ajustes quem está pagando é a população, no caso de Pernambuco, com a segurança, a descontinuidade das obras”, afirmou Armando em crítica a Paulo Câmara, seu adversário em 2014.

A dois anos das eleições de 2018, PSB e PTB têm trocado farpas prevendo uma reedição da disputa.

LEIA TAMBÉM » Danilo Cabral diz que renegociação da dívida foi derrota de Armando “Eu não vou politizar.

Meu relatório foi aprovado pelos meus pares.

Não vou considerar o deputado derrotado porque a PEC 55 foi aprovada com ampla maioria pela Câmara apesar do voto dele (contrário à proposta de estabelecer um teto para os gastos públicos).

Não vou perder tempo com isso”, disparou Armando. “O entendimento da Câmara é o entendimento da Câmara, como é diferente de alguns deputados de Pernambuco.

Isso significa dizer que os deputados foram derrotados?”, questionou. » Renegociação da dívida: relator no Senado defende contrapartidas para os estados » Câmara aprova e renegociação da dívida dos estados vai à sanção Pela proposta aprovada na Câmara, o período aumenta em mais 20 anos, com descontos nas parcelas até julho de 2018 e novos indexadores.

Para isso, terão que adotar como limite para o aumento dos gastos públicos o avanço da inflação, medida semelhante ao que prevê a PEC do Teto.

Porém, caberá aos próprios estados fazer isso.

De acordo com o projeto, os estados que estão em situação de calamidade financeira poderão ter as obrigações com a União suspensas por três anos se fizerem um plano de recuperação, também através da legislação estadual.

Atualmente esses estados são Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A proposta segue para sanção do presidente Michel Temer (PMDB).