A dois anos das eleições de 2018, PSB e PTB têm trocado farpas prevendo uma reedição da disputa de dois anos atrás em Pernambuco.

Aliado do governador Paulo Câmara (PSB), o deputado federal socialista Danilo Cabral usou o fato de a Câmara ter derrubado nesta terça-feira (20) as mudanças feitas pelo Senado no projeto de renegociação das dívidas dos estados para criticar Armando Monteiro Neto (PTB-PE), relator das alterações.

Para ele, a votação dessa tarde representou uma derrota do petebista. “Ao incluir as contrapartidas que só beneficiavam os estados perdulários e prejudicavam os servidores públicos, o senador demonstrou uma grande insensibilidade para com os estados que cumpriram seu dever de casa, como Pernambuco”, afirmou Danilo Cabral.

LEIA TAMBÉM » Em resposta a Danilo Cabral, Armando diz que dívida é “muito séria” para “proselitismo” O parlamentar avaliou que essa também foi uma derrota do presidente Michel Temer (PMDB). “O governo foi derrotado ao modificar, no Senado, o que a Câmara dos Deputados já havia decidido.

Isso mostra a falta de articulação política do governo Temer", afirmou.

Danilo Cabral e outros deputados do PSB de Pernambuco, como Tadeu Alencar, foram contrários à PEC do Teto e afirmaram que o peemedebista impôs o projeto ao Legislativo. » Renegociação da dívida: relator no Senado defende contrapartidas para os estados » Câmara aprova e renegociação da dívida dos estados vai à sanção Pela proposta aprovada na Câmara, o período aumenta em mais 20 anos, com descontos nas parcelas até julho de 2018 e novos indexadores.

Para isso, terão que adotar como limite para o aumento dos gastos públicos o avanço da inflação, medida semelhante ao que prevê a PEC do Teto.

Porém, caberá aos próprios estados fazer isso.

De acordo com o projeto, os estados que estão em situação de calamidade financeira poderão ter as obrigações com a União suspensas por três anos se fizerem um plano de recuperação, também através da legislação estadual.

Atualmente esses estados são Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A proposta segue para sanção de Temer.