O governador Paulo Câmara (PSB) voltou a criticar o presidente Michel Temer (PMDB) nesta segunda-feira (19), em entrevista à Rádio Jornal.
O socialista afirmou que, para ele, Temer não está fazendo a união nacional prometida quando assumiu.
Apesar disso, defendeu que não renuncie para que haja novas eleições diretas. “Eu esperava que o presidente Temer fizesse uma união nacional mais ampla e está sendo um governo muito voltado para o Congresso, mas é importante ampliar o leque”, disse Paulo Câmara. “Ele precisa fazer aquilo que disse que iria fazer, um governo de união nacional.” LEIA TAMBÉM » Culpando crise, Paulo Câmara admite que pode não cumprir promessas como duplicar salários de professores » Paulo Câmara reconhece que em 2017 não terá mais condições de bancar carros-pipa como antes » Paulo Câmara diz que BRT “não vai ficar para a próxima Copa” O socialista frisou a sua posição de independência do PSB em relação ao governo. “Não teríamos aceitado o cargo no governo federal, esse foi um posicionamento da bancada”, lembrou.
Hoje, o partido tem o deputado federal licenciado Fernando Filho (PE) na pasta de Minas e Energia. 2018 Mesmo com as críticas a Temer, não adota a tese das eleições diretas antes de 2018. “A gente saiu de um processo de impeachment que foi traumático, na minha opinião.
Estamos tentando arrumar as coisas para que o Brasil tenha o mínimo de união nacional”, ponderou.
Questionado sobre os apoios do PSDB e do DEM, partidos retirados da gestão estadual antes das eleições municipais, Paulo Câmara adiantou que no próximo ano os socialistas vão se dedicar às pautas nacionais e que só em 2018 vão se debruçar sobre as alianças. “Não antecipo essas discussões.
O que a população quer dos políticos é encontrar pautas que apontem uma luz no fim do túnel”, disse o socialista.