Antes de o governador ter dito, na Rádio Jornal, que não afundaria o Estado, para dar aumento solicitado por corporações policiais, exatamente como havia antecipado o Blog de Jamildo, na semana passda, mais uma associação de policiais divulgou uma carta pública com críticas ao gestor.

Carta da ASPRA–PE ao governador Por José Roberto Vieira – presidente da ASPRA -PE A Associação de Praças de Pernambuco (ASPRA-PE) parabeniza o radialista Geraldo Freire pela participação do governador Paulo Câmara em seu programa.

Ao mesmo tempo, aproveita a oportunidade para apresentar alguns questionamentos.

Afinal, queremos ajudar ao Governo quanto a melhorias na área de segurança pública pois, temos a nítida impressão de que o mesmo está sendo mal assessorado.

Quem entende de segurança pública é quem arrisca a vida nas ruas diariamente, em defesa da população.

Ser herói em Pernambuco, atualmente, é cumprir a missão de ir às ruas, apesar de saber que o colete está vencido, sem HT, o revólver é obsoleto, munição insuficiente, as viaturas com pneus carecas.

Botas, luvas, capacetes em péssimas condições e vencidos.

Bombeiros sem material de proteção individual e os companheiros que trabalham no resgate, sem material de primeiros socorros.

No GBMar é a mesma coisa sem: camisa de proteção, sem protetor solar, óculos, repelente de tubarão, bóias, bandeiras de sinalização dos postos.

O que ele acha de cobrar todas as normas do Código Nacional de Trânsito mas, seus auxiliares estarem ameaçando os praças para descumprirem essas leis, obrigando a transitar em carros com IPVA vencido, pneus carecas, sem estepe, triângulo, intermitente, farol queimado, ou seja, totalmente fora do padrão exigido pelo Código.

Será que na condução dessa crise na Segurança Pública, o estado não está tomando um caminho muito perigoso, uma vez que ao invés de sentar e dialogar e negociar só vem prendendo, ameaçando e assediando moralmente a categoria.

Se é coerente colocar o gestor pra negociar salários dos funcionários, uma vez que os comandantes gerais são cargos de confiança.

Quem vai ter suas férias suspensas e vai voltar a trabalhar de boa vontade?

Será que esse homem vai render, será ele uma máquina que tem um botão de liga e desliga?

Esta divisão a que o governo está estimulando entre praças e oficiais, será boa pra sociedade?

O que ele acha de um pai que trata seus filhos de maneira diferente?

Por que não há isonomia com a polícia civil?

Não se pode tratar iguais de forma diferente.

As pessoas passam e as instituições permanecem.

Não estamos cometendo crime algum e ainda confiamos que o Governador abrirá as portas para policiais e bombeiros.

Por fim, a ASPRA – PE e a sociedade pernambucana confia que o Governador irá destravar essa negociação e convocar as entidades que representam a categoria.