Estadão Conteúdo - Os documentos dos acordos de delação premiada de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht foram entregues pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta segunda-feira (19).

Os relatos, por escrito ou em vídeo, recolhidos na semana passada, foram armazenados na sala-cofre do STF e estão à disposição do ministro Teori Zavascki, relator dos processos envolvendo a Lava Jato na Corte.

Cabe a ele homologar ou rejeitar cada um dos acordos de delação.

LEIA TAMBÉM » Citado em delação da Odebrecht, assessor de Temer espirra do governo » Cervejaria intermediou repasses da Odebrecht a políticos, dizem delatores A entrega dos documentos aconteceu perto das 9 horas desta segunda-feira, logo após o início da última sessão plenária do ano no Supremo Tribunal Federal.

Coube a um servidor da PGR levar os documentos, que foram recebidos por uma servidora.

A papelada veio em um carro e entrou pelo estacionamento, passando por todo o tapete vermelho que leva até o elevador do prédio principal do STF. » Resenha Política analisa crise na segurança em Pernambuco e delação da Odebrecht Em seguida, os documentos foram alojados no terceiro andar da casa, na sala-cofre do Supremo.

Apenas Teori Zavascki e equipe terão acesso a eles. » Marcelo Odebrecht confirma pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB a pedido de Temer » ‘Guardei e nunca usei’, diz Jaques Wagner sobre relógio de US$ 20 mil que ganhou da Odebrecht Apesar de serem 77 acordos de colaboração, houve centenas de depoimentos.

O recesso do STF começa na terça-feira, 20.

Entretanto, a equipe de assessores e juízes auxiliares de Teori Zavascki pode se debruçar sobre o material durante o recesso, adiantando o processo de avaliação das delações e verificando se cumprem os requisitos para serem declaradas válidas.

A intenção de Teori Zavascki é decidir pela homologação ou não na volta aos trabalhos, em fevereiro.