Em nota oficial, Cristiano Zanin Martins, um dos advogados de Lula, disse que o Jornal Nacional veiculado na sexta-feira pela TV Globo incorreu em erro factual ao afirmar que o juiz Sergio Moro teria desligado o áudio durante a outiva de José Afonso Pinheiro, na ação que trata do afirmado triplex do Guarujá.

Na sua versão, ao contrário do que foi afirmado pela emissora, Sérgio Moro não interrompeu o áudio e, além disso, permitiu que a testemunha fizesse insultos a Lula e ao advogado, durante o ato processual.

Veja a íntegra da nota enviada ao Jornal Nacional. “Um juiz imparcial jamais teria ouvido o Sr.

José Pinheiro como testemunha porque, como filiado a partido político e candidato a vereador em Santos (SP), ele fez campanha usando dos fatos em discussão no processo.

Muito menos um juiz imparcial teria permitido que uma testemunha, diante de perguntas objetivas e feitas em tom cordial, respondesse com insultos a Lula e a mim com seu advogado, ao mesmo tempo em que fazia declarações de cunho subjetivo e sem qualquer valor jurídico.

O mais grave ainda é que o juiz do caso, além de pedir “desculpas” à testemunha após ela agir dessa forma desrespeitosa, ainda lançou a mim descabidas provocações após o áudio da audiência ser desligado.

O assunto e as provas correspondentes serão encaminhados à OAB para as providências cabíveis.”