Estadão Conteúdo - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que não se pode “canonizar” os integrantes da força tarefa da Lava Jato.
Ele voltou a criticar o que classificou de “abusos” e disse que foi crítico quando os procuradores decidiram “assumir o papel de legislador”, ao proporem as medidas contra a corrupção.
Perguntado sobre sua posição a respeito da Lava Jato, disse que é um dos maiores defensores da operação, mas que mantém posição crítica.
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Examinei essas propostas e critiquei a que acabava com habeas corpus.
O cidadão que assinou isso obviamente não sabe que ele próprio está correndo risco se a proposta for aprovada.
Acho que a Lava Jato cumpre papel importantíssimo.
Disse isso no Congresso Nacional.
Só vamos ter reforma política graças à Lava Jato, que colocou todo o sistema político e o sistema econômico-financeiro exposto.
Essa é uma grande vitória.
Daí a canonizá-los, a deificá-los, vai uma distância.” Mendes participou, no Rio, de cerimônia para comemorar os 20 anos da urna eletrônica nessa sexta-feira (16).