Agência Brasil - O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta sexta-feira (16) que não está preocupado com as avaliações iniciais de seu governo.
A declaração foi dada durante almoço de confraternização com oficiais da Aeronáutica, Exército e Marinha.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou mais cedo uma nova pesquisa de avaliação do governo.
No levantamento, 46% dos entrevistados consideram a gestão Temer como ruim ou péssima, contra 13% que a julgam boa ou ótima e 35% que a classificam como regular.
LEIA TAMBÉM » Avaliação negativa do governo Temer sobe de 39% para 46%, diz CNI/Ibope “O caminho certo que estamos trilhando nem sempre é o mais popular em determinado momento, mas nossa responsabilidade não é buscar aplausos imediatos, aprovação a qualquer preço.
Nosso compromisso é desatar os nós que têm comprometido nosso crescimento econômico”, declarou o presidente, alegando estar “agindo com disciplina e seguindo regras já testadas e consagradas”.
Temer argumentou que poderia e teria sido mais confortável não apresentar propostas que dividem as opiniões durante pouco mais de dois anos que tem pela frente até deixar o cargo, mas os tempos, segundo o presidente, “exigem coragem”. » Marcelo Odebrecht confirma pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB a pedido de Temer » TSE deixa julgamento sobre chapa Dilma-Temer para 2017 “Seria muito confortável para esse governante não se preocupar com o teto dos gastos públicos, com a reforma da Previdência.
Poderia ficar comodamente instalado nas ‘mordomias’ da Presidência e nada patrocinar nesses dois anos.
Não haveria embates, contrariedades e seguiria tranquilo.
Mas os tempos exigem coragem para não ceder a soluções fáceis e ilusórias […] Não há mais espaços para feitiçarias.
Imprimir dinheiro, maquiar contas, controlar preços.
Estamos tratando de resolver nossos problemas de frente e se não o fizermos agora, o Estado quebra”, frisou Temer, defendendo a necessidade de medidas como a Reforma da Previdência e a PEC do Teto dos Gastos para tirar o país do “atoleiro da irresponsabilidade fiscal”. » Temer anuncia medidas de crédito e redução de juros do cartão » “O governo Temer é um lamaçal de escândalos”, diz Humberto Costa Perante um auditório lotado de militares e parentes destes, Temer destacou a urgência do país superar as divisões internas e a atual crise econômica.
E defendeu o fato de as carreiras militares terem ficado de fora do projeto de reforma da Previdência, que tramita na Câmara dos Deputados. “Com muito acerto, mandamos o projeto para o Congresso excluindo os militares.
Estamos constitucional e juridicamente corretos”, acrescentou o presidente.