A deputada estadual Priscila Krause (DEM) levou ao conhecimento do plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na manhã desta quinta-feira (15), ofício assinado pelo superintendente do Hospital Dom Malan, em Petrolina, Dr.

Etiel Tavares Lins, informando da suspensão temporária dos internamentos de obstetrícia e pediatria, bem como atendimentos ambulatoriais, por “absoluta falta de recursos financeiros para o seu custeio”.

Datado de hoje, o documento informa que por enquanto a unidade hospitalar atenderá apenas os casos de urgência.

De acordo com apuração do gabinete da deputada, o Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP), responsável pela gestão de várias unidades de saúde em Pernambuco, dentre elas o Dom Malan, tem um crédito - serviços realizados e não pagos - de R$ 32,44 milhões com o tesouro estadual. “Esse ofício (enviado à Central de Regulação de Leitos, a CRL) retrata não apenas o que está acontecendo em Petrolina, mas em todo Pernambuco.

Se o IMIP tomou essa atitude em relação ao Dom Malan, nós podemos esperar, porque outras virão.

A situação lá está insustentável”, afirmou Priscila, que conclamou a Casa de Joaquim Nabuco a tomar providências em relação à situação das Organizações Sociais (OSs) responsáveis por significativa parte da oferta de atendimento à saúde em Pernambuco. “O deputado Álvaro Porto falou há pouco de um pedido de informação sobre a situação da administração dos hospitais, dos recursos administrados pelas Organizações Sociais, e no mesmo dia nos deparamos com um expediente desse”, complementou.

O Dom Malan comporta a única maternidade de alto risco do Sertão pernambucano.

Há alguns anos, a unidade esteve no centro de um impasse administrativo entre a Prefeitura de Petrolina e a Secretaria estadual de Saúde.

Em 2010, a Prefeitura do município do São Francisco devolveu a gestão do Dom Malan ao governo estadual.