Nesta quarta-feira, o advogado e assessor especial da gestão peemedebista, José Yunes, deixou o governo após o vazamento do acordo de delação premiada do vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.

O delator acusa Yunes de ser o receptador de parte dos R$ 10 milhões repassados ao PMDB para a campanha de 2014.

Com a queda do sétimo membro do governo Michel Temer (PMDB), o líder do PT no Senado, Humberto Costa, fez duras críticas ao governo peemedebista.

Segundo o senador do PT, Temer e sua equipe não têm mais condições de se manter no comando do País.

Ele também voltou a defender as eleições diretas. “Esse é o preço que se paga por apostar na instabilidade, por tentar dar uma rasteira na democracia.

Perderam o controle sobre a bagunça que eles mesmos criaram.

A única saída para o País voltar aos eixos é com eleições diretas”, disse Humberto Costa.

De acordo com Humberto Costa, outros ministros ainda podem deixar o cargo esta semana.

O petista aposta em Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Executiva o Programa de Parcerias de Investimento).

Ambos também são citados no acordo de delação premiada de Claudio Melo Filho como operadores do esquema que irrigava as contas do PMDB. “Eles não se sustentam, nem Temer, porque essa é a síntese desse governo: um lamaçal de escândalos e um assombro de medidas que tem o único objetivo fazer com que os trabalhadores e aqueles que mais precisam paguem a conta da crise que eles mesmos ajudaram a criar”, afirmou Humberto Costa, esquecendo o desastre que foi o governo Dilma, com sua Nova Matriz Econômica.

As experiências da presidente geraram mais de 12 milhões de desempregados no Brasil.

Além de Moreira Franco, também deixaram o governo: Marcelo Calero (Cultura), Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Fábio Medina Osório (Advocacia Geral da União), Geddel Vieira Lima (Governo). “Todos eles envolvidos em casos graves de corrupção”, lembrou Humberto Costa.