Nesta quarta-feira (14), após reunião da bancada de senadores tucanos com o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, os tucanos voltaram a dar apoio público às medidas do ajuste fiscal. “Aprovar as reformas estruturais e apoiar o conjunto de medidas microeconômicas é o melhor que o PSDB pode fazer para o país neste momento.

O PSDB será até o final dessa travessia o principal parceiro desse governo”, declarou o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, Aécio neves disse que o PSDB votou a favor da PEC do Teto dos Gastos, aprovada ontem, em segundo turno, pelo Senado, e manterá o apoio às medidas apresentadas pelo governo em razão da gravidade da crise econômica e social. “O PSDB não só apoia as medidas que estão em tramitação no Congresso Nacional, como vem apresentando sugestões.

Seja na questão microeconômica seja em caminhos que possam possibilitar as empresas e também as famílias brasileiras recuperarem o crédito e sua capacidade de consumo”, afirmou em entrevista coletiva.

Humberto acusou PSDB de querer derrubar Temer A grave crise pela qual o país passa, resultado do desastre dos governos Dilma e Lula, motivou um forte debate no plenário do Senado, na noite desta terça-feira (13), entre o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) – que defendeu o governo peemedebista.

Humberto Costa acusou o PSDB de querer aplicar um “golpe dentro do golpe”, articulando agora a queda de Temer do poder depois do “trabalho sujo” feito pelo PMDB, que tem como base o arrocho aos trabalhadores e aposentados e às políticas sociais.

Em longo discurso, Barbalho disse que a grande mídia e a oposição querem tumultuar o governo a fim de derrubá-lo.

Em contraponto, Humberto Costa declarou que o governo já está morto, zumbi, e que quem está planejando a saída de Temer do Palácio do Planalto é o PSDB. “O PT defende a renúncia do presidente e a convocação de eleições diretas já para resolver a instabilidade causada pela chegada do PMDB ao poder.

Nós, do PT, não queremos derrubar A, B ou C.

O governo já morreu e não sabe ainda.

Agora, aqueles que querem derrubar o presidente ilegítimo Michel Temer para aplicar um golpe dentro do golpe, depois do que fizeram com a presidenta Dilma Rousseff, não terão o respaldo do Partido dos Trabalhadores nem da população brasileira.

A única saída para essa crise que vivemos é pela democracia, por meio de uma eleição direta presidencial”, afirmou.

Humberto Costa disse acreditar que o programa de governo implementado por Temer jamais ganharia uma eleição diante dos eleitores e foi derrotado nos últimos quatro pleitos quando apresentado pelo PSDB.

Costa criticou os “golpistas”, pois mentiram para o povo ao vender uma ilusão de um país maravilhoso depois do afastamento da presidenta Dilma. “Eles acreditaram nos seus desejos.

Imaginaram que derrubar a presidenta eleita, com o apoio da grande mídia, iria alçar o país a um voo em céu de brigadeiro.

Tudo da noite para o dia iria se resolver: o desemprego, a inflação, a corrupção.

Mas chegaram à conclusão que a realidade é muito mais dura que o sonho.

Estamos vendo um cenário completamente diferente”, avalia.

Para o senador, o programa de governo de Temer, que visa o equilíbrio fiscal das contas públicas com o extermínio de benefícios sociais fundamentais para a população, é inviável e foi rejeitado pelos eleitores desde 2002. “Observamos, agora, a corrupção, que é um problema gravíssimo.

Eles mentiram para o povo brasileiro ao dizer que a corrupção foi criada pelo PT.

Mas quem derrubou Dilma lá atrás não queria acabar com a corrupção.

Na verdade, eles queriam implantar esse projeto que não tem possibilidade de ganhar porque o povo não é burro”, finalizou.