De acordo com o estudo da Ceplan, divulgados nesta terça-feira, no Recife, no Nordeste, os últimos anos de crescimento e de desempenho econômico acima dos nacionais registrados pela região e por alguns dos seus Estados parecem relegados ao esquecimento.

De acordo com a XXI Análise Ceplan, na comparação entre o primeiro semestre de 2016 e o primeiro semestre de 2015, enquanto o PIB nacional caiu -4,6%, o de Pernambuco caiu 6,7%; o do Ceará, 5,1% e o da Bahia, 3,9%.

No comparativo entre o terceiro trimestre de 2016 e o mesmo período de 2015, o desemprego no Nordeste cresceu de 10,8% para 14,1%, índice, em 2016, maior do que o resultado de 11,8% para o Brasil e menor do que o desemprego observado para Pernambuco (15,3%).

No entanto, segundo pesquisas do Ministério do Trabalho, o estoque de empregos formais em outubro de 2016, em relação a outubro de 2015, sofreu menor queda no Nordeste (-2,7%) do que no país (-3%).

Em Pernambuco, foi pior: -3.9%.

No Estado, os empregos cresceram apenas no segmento de Serviços Industriais de Utilidade Pública (2,3%).

A construção civil, que liderava as contratações há alguns anos, apresentou uma queda de 18% na geração de postos de trabalho. “Isso resulta dos efeitos da recessão nacional, da desmobilização das grandes obras do complexo de Suape e, até, das ações de combate a corrupção”, explica Jorge Jatobá.

No meio de outras consequências, a massa de salários vem despencando no Nordeste: -7,2% contra -4,2% de queda no país.

Entre os Estados com maiores variações negativas na massa salarial estão Pernambuco (-10,8%), Bahia (-10,7%) e Paraíba (-8,7%).

A menor redução, de -1,3%, ocorreu no Maranhão e no Ceará (-2,2%).